O espaço agrário brasileiro é bastante conhecido por suas informações relativas a produção e produtividade, diante disso, e dos desafios que envolvem o campo e seus movimentos sociais, os slides, vídeos e texto abaixo esclarecem pontos importantes, com fundamentos para vestibulares e o próprio ENEM.
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sexta-feira, 27 de setembro de 2019
quinta-feira, 19 de setembro de 2019
O continente africano - Aspectos gerais!
Fonte das informações: https://www.coladaweb.com/geografia/continentes/africa-continente-africano
O continente africano possui
cerca de 30 milhões de km2 distribuídos em 54 países.
Algumas ilhas são de grande importância histórica como entrepostos comerciais
ou áreas de colonização – Madeira, Canárias, Cabo Verde, São Tomé, Comores e
Madagascar.
É um continente subdesenvolvido
econômica e socialmente, apresentando grandes contrastes: por um
lado, boa extensão territorial, uma boa diversidade climática e de paisagens
naturais e uma grande riqueza mineral; por outro, forte instabilidade política,
graves problemas sociais e acentuada dependência externa.
O continente limita-se ao norte com o
Mar Mediterrâneo, apresentando a menor distância da Europa, via Estreito de
Gibraltar, entre Marrocos e Espanha; a nordeste com o Mar Vermelho,
separando-se da Ásia pelo Canal de Suez (canal artificial no Egito); a leste
com o Oceano Índico; a oeste com o Oceano Atlântico; ao sul pelo encontro dos
oceanos Atlântico e Índico.
Climas do continente
africano
A África é cortada pelos trópicos de
Câncer (no norte) e de Capricórnio (no sul) e pelo Equador no centro do
continente. Esta condição favorece uma forte simetria na distribuição climática
nas porções do continente que se encontram nos hemisférios sul e norte.
A variedade de climas é influenciada
pela interação dos fatores climáticos, em especial da latitude (daí a simetria
na distribuição dos climas).
Climas da
África
A localização de grande parte da África
na zona intertropical explica o predomínio de climas quentes (tropicais)
no continente.
As áreas de desertos litorâneos são
explicadas pelas correntes frias de Benguela e das Canárias, assim como a
elevada umidade e precipitação em outras áreas do litoral se justificam pelas
correntes quentes da Guiné e das Agulhas.
Os climas superúmidos e quentes são
encontrados na região central, em especial na porção ocidental. Já os climas
mais frios são encontrados nas regiões mais elevadas no extremo norte (cadeia
do Atlas) e nas áreas dos lagos tectônicos, enquanto o clima mediterrâneo é
encontrado nas áreas extratropicais.
Percebe-se, portanto, que é incorreto
associar a pobreza e o desenvolvimento da África ao clima desértico e à
escassez de chuvas, já que grande parte do território não apresenta predomínio
de climas secos.
·
Equatorial: Bastante úmido, com elevadas médias térmicas (25 ºC) e
baixa amplitude térmica.
·
Tropical: Temperaturas elevadas o ano todo, com um período seco e
outro chuvoso.
·
Semiárido: Quente o ano todo e baixa umidade e pluviosidade.
·
Árido ou desértico: Seco e elevada amplitude térmica diária.
·
Mediterrâneo: Seco, com chuvas na primavera.
·
Tropical de altitude: Temperaturas amenizadas pela altitude. Nas
áreas equatoriais de elevadas altitudes a temperatura é baixa e pode ocorrer
gelo nos picos das montanhas.
Esta diversidade climática em interação
com a diversidade de solos e de relevo contribui para a diversidade das
paisagens naturais e das formações vegetais.
Vegetação do
continente africano
Destacam-se na África as formações
de savanas por extensas áreas do continente,
onde a agricultura e a pecuária têm contribuído para o desmatamento, as
migrações de espécies e a extinção de muitas outras.
Nas áreas equatoriais ocorrem as florestas
latifoliadas (destaque para a Floresta do Congo), que têm sido desmatadas
para a exploração madeireira e para a prática agropecuária.
Nas áreas de estepes (climas
semiáridos), o desmatamento tem contribuído para a expansão dos desertos,
em especial no Saara, em cujo extremo sul ocorre a desertificação de uma extensa
área na região denominada Sahel.
Nas áreas desérticas, a ocorrência de
vegetação é bastante rarefeita e quando ocorre é na forma de xerófilas (plantas
pouco desenvolvidas, com folhas em forma de espinhos, pequena estatura,
retenção de água no interior e pequena diversidade). Destacam-se os desertos do
Saara, Kalahari e Namíbia.
Nas áreas mais úmidas (vales, margens
de rios ou espaços litorâneos) ocorrem os oásis, onde geralmente se
praticam a agricultura e a pecuária de subsistência e ocorre a formação de
pequenos aglomerados urbanos/populacionais.
Nas áreas de clima mediterrâneo tem-se
a formação de maquis e garrigues, vegetação que vem sofrendo
desmatamento para a instalação dos cultivos de oliveira, uva e frutas cítricas,
bem como a criação de animais.
Geologia e
geomorfologia
O relevo e a geologia da África
apresentam um grande predomínio de extensos planaltos antigos e desgastados por
longos períodos erosivos. Muitas destas áreas são de formação do Pré-Cambriano
e apresentam grande riqueza mineral.
As áreas mais elevadas ocorrem no
extremo norte com a cadeia do Atlas (formação geológica
recente: era Cenozoica, período Terciário) e as áreas
dos lagos tectônicos na porção centro-oriental. Destacam-se também as planícies
fluviais (em especial a do Rio
Nilo) e litorâneas, onde ocorre a concentração de grande parcela da
população africana. As principais formações montanhosas são:
·
Cadeia do Atlas: localizada no extremo norte (Marrocos, Argélia e
Tunísia), voltada para o mar Mediterrâneo e formada a partir do movimento
convergente das placas Africana e Euroasiática;
·
Cadeia do Cabo: localizada ao longo da costa meridional, voltada
para o Índico, na África do Sul;
·
Maciço da África Centro-Ocidental: estende-se da Guiné-Bissau até
Camarões, acompanhando a costa voltada para o oceano Atlântico;
·
Maciço da África Centro-Oriental: localiza-se da Somália até a
Tanzânia, paralelamente ao oceano Índico. De origem vulcânica, apresenta os
pontos mais elevados do continente: montes Kilimanjaro (5.895 m), na Tanzânia,
e Quênia (5.199 m), no Quênia.
O predomínio de relevos antigos e
desgastados contribui para a ocorrência de terrenos planos ou pouco
acidentados, que favorecem a prática agrícola e a da pecuária. Por outro lado,
os terrenos Pré-cambrianos são ricos em minerais metálicos. Nas planícies, é
intensa a atividade agrícola, e nas de formação antiga ocorrem petróleo (golfo
da Guiné, Magreb e costa ocidental) e carvão mineral (África do Sul).
Hidrografia da África
A África não é um continente rico em
rios, mas também não pode ser considerada pobre. Apenas nas áreas desérticas a
pobreza fluvial pode ser considerada e, mesmo assim, deve-se destacar a
importância do Rio Nilo e dos rios temporários.
Além do Nilo, a maior porção do
continente apresenta-se bem servida de rios intermitentes (permanentes)
de grande extensão – Congo, Níger, Zambezi, Kazai, Shabeelle, Orange, Limpopo,
que drenam territórios de vários países.
Os lagos também apresentam
grande importância para a África, apesar de, assim como os rios, estarem
desigualmente distribuídos pelo continente. Destacam-se os lagos tectônicos:
Vitória, Tanganica e Niassa (Malauí).
O continente apresenta um extenso e
pouco recortado litoral. A localização da África em frente de oceanos e mares
lhe confere uma situação bastante privilegiada: é banhada pelo oceano
Atlântico, que a liga com a América e a Europa; o oceano Índico, que a liga com
a Oceania e parte da Ásia; o mar Vermelho, que a liga à Ásia (Oriente Médio); o
mar Mediterrâneo, que a liga à Europa.
Deve-se destacar também a importância
do Canal de Suez, que interliga os mares Vermelho e Mediterrâneo e é,
portanto, uma importante infraestrutura de transporte marítimo que liga Ásia,
Europa e África. O transporte através do canal tem grande importância histórica
para o fluxo de petróleo golfo Pérsico-Europa, mas na atualidade enfrenta
limitações quanto às dimensões, que são estreitas para os navios modernos
supercargueiros.
População africana
Atualmente, a África apresenta uma
população de aproximadamente 1,2 bilhões de habitantes. Os países mais
populosos são Nigéria e Egito, as áreas mais populosas são as litorâneas e o
vale do Nilo e Níger, enquanto as regiões litorâneas são extensas áreas de
vazios demográficos.
A maior parte da população africana
vive no campo (cerca de 70%), em razão da economia primária dependente da
agricultura e da pecuária extensivas e de parte da população ainda viver do
sistema produtivo de subsistência. A industrialização e a urbanização ainda são
processos tímidos no continente e contribuem ainda para a manutenção da maioria
da população no campo.
As maiores cidades ou aglomerações são
Cairo e Alexandria (Egito), Luanda (Angola), Lagos (Nigéria), Casablanca
(Marrocos), Argel (Argélia), Cidade do Cabo e Johannesburgo (África do Sul).
Apresentam graves problemas urbanos em
razão do acelerado crescimento populacional nos últimos anos, formando uma
periferia miserável, onde se concentram vários problemas: submoradias,
ausência de saneamento básico, pequeno acesso aos transportes e à comunicação,
forte degradação ambiental, ausência de serviços de educação e saúde,
subnutrição e mortalidade infantil, entre outros.
Condições de vida
Os indicadores sociais são precários para
a maioria da população e a precariedade das condições de vida é encontrada
tanto no campo quanto nas cidades. O continente africano apresenta os piores
indicadores dentre todos os continentes. A quantidade de famintos, subnutridos,
analfabetos, desempregos e informais é superior à metade da população na
maioria dos países.
Economia africana
O continente africano é o único que não
apresenta um único país desenvolvido econômica e socialmente. O produto interno
bruto do continente é inferior ao de vários países ricos e emergentes,
correspondendo a pouco mais de 1% do total mundial.
A herança colonial, o modelo de
colonização e o longo período de exploração contribuem em grande parte para
esse quadro de subdesenvolvimento. A economia primária predomina em todos
os países, exceto na África do Sul, único país africano industrializado.
A dependência de uma economia primária
agropecuária e mineradora demonstra que o continente ainda não se libertou
do colonialismo, mesmo após aproximadamente meio
século de independência política.
A especialização econômica na produção
e exportação de produtos do setor primário significa ao continente uma
participação insignificante no comércio mundial, já que esses produtos
apresentam baixo valor agregado, além de, em grande parte, terem seus preços
determinados pelos países ricos e por suas multinacionais ou bolsas de valores.
Os países da África caracterizam-se
como exportadores agro minerais, com exceção da Argélia, do Egito e
da África do Sul, que possuem maior desenvolvimento industrial em razão de
abastecer o mercado interno. Todos são, em contrapartida, importadores de
produtos industrializados e alimentos.
Na agricultura, a dependência
externa não é menor, em razão de a África não ter superado sua participação
dependente nas Divisões Internacionais do Trabalho anteriores: especialização
na produção e exportação de gêneros agrícolas para abastecer os países ricos,
em especial a Europa.
A pecuária é pouco
desenvolvida no continente em razão dos baixos investimentos e do predomínio da
prática extensiva bastante dependente das condições naturais – em regiões de
climas árido e semiárido a precariedade da produção é um entrave ao
desenvolvimento.
No geral, as condições herdadas da
história colonial e as atuais determinam problemas estruturais na economia e na
sociedade africanas que dificultam o desenvolvimento: ausência de capitais
internos e dificuldades de atrair capitais externos (guerras, conflitos, pequeno
mercado consumidor), mão de obra pouco qualificada, pequena integração entre as
economias nacionais africanas, precariedade da infraestrutura (transporte,
comunicação, rede elétrica etc.).
quinta-feira, 12 de setembro de 2019
Dinâmica hidrográfica brasileira
Fonte: https://www.sogeografia.com.br/Conteudos/GeografiaFisica/Hidrografia/brasil.php
Rio Araguaia - um dos principais rios que compõem a Bacia Hidrográfica do Tocantins-Araguaia
Foz em Estuário (rio em azul e terra em verde)
O Nilo brasileiro: Rio São Francisco
Em razão de sua vastidão territorial, das características morfológicas e das condições favoráveis de pluviosidade, o Brasil tem um dos maiores complexos hidrográficos do mundo, apresentando rios com grandes extensões, larguras e profundidades.
A maioria dos rios brasileiros nasce em regiões pouco elevadas, com exceção do rio Amazonas e de alguns afluentes que nascem na cordilheira dos Andes.
O Brasil possui 8% de toda a água doce que está na superfície da Terra. Além disso, a maior bacia fluvial do mundo, a Amazônica, também fica no Brasil. Somente o rio Amazonas deságua no mar um quinto de toda a água doce que é despejada nos oceanos.
A rede fluvial do Brasil origina-se a partir de três divisores de águas, que são os centros dispersores de água, isto é, locais a partir de onde as águas tomam uma direção. Correspondem geralmente às serras e aos planaltos.
Os três principais divisores são: a Cordilheira dos Andes, que dá origem aos formadores do rio Amazonas; o planalto Norte Amazônico, que dá origem aos rios da margem esquerda do rio Amazonas e, finalmente, o planalto Brasileiro, de onde se originam as mais importantes bacias brasileiras: Amazônica (margem direita), Platina, São Francisco e do Tocantins-Araguaia.
Rio Araguaia - um dos principais rios que compõem a Bacia Hidrográfica do Tocantins-Araguaia
Muitos de seus rios destacam-se pela profundidade, largura e extensão, o que constitui um importante recurso natural. Em decorrência da natureza do relevo, predominam os rios de planalto. A energia hidráulica é a fonte primária de geração de eletricidade mais importante do Brasil.
A densidade de rios de uma bacia está relacionada ao clima da região. Na Amazônia, que apresenta altos índices pluviométricos, existem muitos rios perenes e caudalosos. Em áreas de clima árido ou semiárido, os rios secam no período em que não chove.
As bacias brasileiras são divididas em dois tipos: Bacia de Planície, utilizada para navegação, e Bacia Planáltica, que permite aproveitamento hidrelétrico.
Principais características da hidrografia brasileira
- Grande riqueza fluvial, tanto na quantidade quanto na extensão e no volume de água;
- Pobreza de lagos;
- Predomínio do regime pluvial;
- Predomínio dos rios perenes e de bacias exorreicas (que deságua no mar);
- Predomínio de foz do tipo estuário (que desemboca no mar em forma de um único canal).
Foz em Estuário (rio em azul e terra em verde)
- Na produção de energia elétrica, o uso dos rios é muito grande. Aproximadamente cerca de 90% da eletricidade brasileira provém dos rios. Seu potencial hidráulico vem de quedas d’água e corredeiras, dificultando a navegabilidade desses mesmos rios. Na construção da maioria das usinas hidrelétricas, não foi levado em conta a possibilidade futura de navegação, dificultando o transporte hidroviário.
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