Fonte do artigo: https://www.infoescola.com/idade-media/imperio-bizantino/
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Durante um longo período o Império Romano agonizou.
Invasões bárbaras, saques e má gestão levaram o Império ao colapso. Por outro
lado, é neste período também que, na tentativa de minimizar os efeitos da crise
e manter o Império, propõe-se a separação do Império em dois: o do Oriente e o
do Ocidente. É este contexto que se dá início ao processo de declínio do
Império Romano, que se desintegrou em 476, marcando não apenas o fim
do Império do Romano do Ocidente, mas também o período histórico que chamamos
costumeiramente de Idade Antiga. No entanto, o Império
Romano do Oriente sobreviveu (atualmente chamado de Império
Bizantino), até o ano de 1453, ano de sua queda. O período situado entre a queda
do Império Romano do Ocidente e a queda do Império Romano do Oriente é o
que conhecemos por Idade Média. Foi também neste período que ocorreu uma
difusão e maior adesão ao cristianismo, inicialmente entre os
componentes das classes mais pobres da população, mas chegando também às elites
romanas.
Religião e governo
Representados como santos, os
imperadores bizantinos tinham o poder sobre o Estado, o exército e a Igreja, e
eram tratados com os próprios representantes de Deus na Terra. Como haviam
várias culturas que compunham o Estado havia necessidade de se respeitar as
várias nacionalidades e para isso era necessário um modelo administrativo bem
estabelecido. Desta forma escolheram a religião para dar unidade, pois
acreditavam ser Deus aquele que dava unidade divina, e ao imperador caberia dar
a unidade terrestre. Um dos imperadores de maior sucesso foi Justiniano, que
governo o Império Bizantino ao longo do século VI ao lado de Teodora, sua
esposa que era muito atuante na política. Como medidas de Teodora, ocorreram as
recuperações de territórios antes ocupados pelos povos bárbaros, a construção
de estradas e a retomada do comércio no mar Mediterrâneo. O território
bizantino neste período retomou boa parte do Império Romano do Ocidente,
dominando a península Itálica, o norte da África, o sul da península
Ibérica, além do seu território no oriente. A expansão territorial foi um dos
principais objetivos do governo de Justiniano. O marco desse período foi a
construção da basílica de Santa Sofia e o Código Justiniano, que ampliou novas
leis baseadas no antigo direito romano substituindo o latim pelo
grego como língua oficial.
Sociedade no Império Bizantino
Os bizantinos eram divididos
socialmente em grandes proprietários de terras, altos funcionários públicos,
comerciantes, artesãos e um pequeno grupo de escravizados. Havia ainda
camponeses que cultivavam plantações no interior e pagavam tributos ao Estado em
forma de produtos. No século IX, era comum ver em Constantinopla a sua
população tendo como entretenimento os teatros, hipódromos, onde ocorriam os
espetáculos mais populares entre os bizantinos, as corridas de cavalos. Os mais
ricos e as camadas médias valorizavam a educação, e boa parte dessa parte da
população eram alfabetizados, inclusive as mulheres. As mulheres se dedicavam a
cosmetologia e a tecelagem. Como vimos acima, haviam imperatrizes como Teodora
que participavam da política em destaque, no século VIII outra imperatriz
atuante no mundo da política foi Irene.
Queda de Constantinopla e o fim do
Império Bizantino
A localização de Constantinopla, próximo à Ásia Menor, fez com que a
cidade fosse alvo de tentativas de conquistas e de ameaças frequentes. Diversos
foram os povos que tentaram invadir Constantinopla, assim como fizeram com Roma
no século V. Esses constantes ataques e ameaças foram responsáveis pelo
enfraquecimento da defesa de Constantinopla e pela diminuição gradativa de seu
território. Disputando o poder, Mehmed II, do império otomano, avançou
sobre Constantinopla,
que, já fragilizada não conseguiu se sustentar. Os símbolos aqui são
importantes para marcar o fim do Império Romano do Oriente: no dia em que
Constantinopla foi tomada pelos otomanos, a principal referência do
cristianismo na região, a Basílica de Hagia Sofia, sofreu duros ataques, sendo
transformada em uma mesquita imediatamente.
Em 1453 o Império Romano do Oriente chegava ao fim, dando início a novos
tempos.
Como foi possível conhecer a história do Império Bizantino é de
fundamental importância para que se compreenda as marcas deixadas pela queda
dos dois impérios, com aproximadamente mil anos de distância entre os dois
acontecimentos.
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