Introdução aos estudos do relevo –– 6º ano - Não há necessidade de devolver,
cole em seu caderno e use para estudar!
Objetivo central: Identificar as principais forma de relevo e suas características
geológicas.
Fontes confiáveis utilizadas para a construção do texto:
O relevo é a expressão e a modelagem da superfície
terrestre, um resultado de uma infinidade de acontecimentos que marcaram a
história geológica da Terra, que se encontra em constante dinamismo e transformação.
Assim, ele expressa a sua história pelos seus desníveis, suas diferenças de
altitudes, suas fisionomias e todos os elementos que compõem e dão forma às
paisagens.
Para melhor compreendermos a estrutura da superfície, foi elaborada uma classificação responsável pela divisão do modelado terrestre em quatro diferentes formas de relevo, a saber: montanhas, planaltos, planícies e depressões. Essas tipificações são importantes não apenas para o entendimento do meio natural, mas da sua influência sobre as atividades humanas.
Montanhas
As montanhas são um tipo de relevo caracterizado pelas suas
acentuadas elevações, ou seja, é a parte da superfície que apresenta as maiores
altitudes e as mais intensas declividades. Quando elas apresentam-se em um conjunto
extenso, recebem o nome de cadeias montanhosas, que também podem
ser chamadas de cordilheiras.
Machu Picchu (Peru). Paisagem localizada nas montanhas da
Cordilheira dos Andes.
Existem diferentes processos responsáveis pela formação das montanhas. Por isso, há quatro tipos diferentes, classificados conforme a sua gênese: as vulcânicas, formadas pela ação e composição dos vulcões; as dobradas, que são as mais comuns, sendo formadas pela constituição dos dobramentos terrestres resultantes do tectonismo; as erodidas, formadas a partir da erosão de suas áreas de entorno durante um lento processo de desgaste da superfície; e as falhadas, aquelas que surgem a partir dos falhamentos dos blocos rochosos.
Planaltos
Os planaltos são áreas com uma relativa altitude e uma
superfície mais ou menos plana, com limites bem nítidos, estes geralmente
constituídos por escarpas ou serras. Apesar de serem entendidos como áreas
planas, suas superfícies são mais acidentadas do que as das planícies, com um
maior número de serras e ondulações em suas paisagens, além de ser o tipo de
relevo onde encontramos as chapadas.
Os planaltos, por serem geralmente mais altos dos que as
planícies, apresentam o predomínio de processos erosivos. Isso quer dizer que o
desgaste do solo é maior do que o acúmulo de sedimentos, que costuma
deslocar-se para áreas mais baixas. Quase sempre os planaltos estão cercados
por depressões relativas, tal como costuma ocorrer no território brasileiro.
Existem três tipos de planaltos: aqueles formados por rochas de origem vulcânica, os basálticos; aqueles constituídos por rochas metamórficas e magmáticas intrusivas, os cristalinos; e aqueles formados por rochas do tipo sedimentar, os sedimentares.
Planícies
São áreas com uma fisionomia plana, ou seja, com uma paisagem
menos acidentada, que, por possuírem altitudes menores do que os dois tipos
anteriormente apresentados, recebem uma grande quantidade de sedimentos. Estes
são provenientes do desgaste de outras formas de relevo.
Em áreas de planície, os rios costumam apresentar mais “curvas”,
chamadas de meandros.
As planícies são, em geral, o tipo de relevo mais propício
para a ocupação humana. No entanto, em regiões próximas a grandes cursos
d'água, existem os riscos de enchentes, haja vista que os rios, em períodos de
cheia, podem expandir-se muito rapidamente sobre vastas áreas, pois não há uma
declividade muito acentuada no relevo capaz de deslocar rapidamente as águas
para outras áreas. Essa ocorrência é chamada de planícies de inundação.
Em geral, as planícies costumam ser litorâneas, embora nem toda área de litoral constitua uma planície, e fluviais, próximas a leitos de rios. Uma planície fluvial muito conhecida no Brasil e no mundo é a do Rio Amazonas, que, por ser quase que totalmente plana, possui um baixo potencial hidroelétrico, uma vez que a declividade e a velocidade da água são baixas.
Depressões
São regiões que apresentam, quase sempre, pequenas altitudes e que são mais baixas do que o nível do mar ou a região em seu entorno. Possuem, geralmente, uma superfície plana ou côncava, uma vez que passaram por um longo período de erosão e que agora se caracterizam pela predominância do acúmulo de sedimentos provenientes das regiões circundantes.
Mar Cáspio, depressão absoluta com 92 metros abaixo do nível do mar.
Existem dois tipos de depressões: as absolutas, que são aquelas que se encontram abaixo do
nível do mar, a exemplo da região do Mar Morto, a maior depressão absoluta do
mundo; e as relativas, aquelas que são mais
baixas do que o relevo ao seu redor.
A formação das depressões costuma acontecer de duas formas:
a primeira é pelo seu desgaste ou erosão ao longo de milhares de anos, o que é
causado pela sua composição menos resistente do que a de outras áreas, e a
segunda é pelos movimentos epirogenéticos da Terra, quando uma região lentamente “afunda”
em razão das forças endógenas do planeta.
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