Fonte confiáveis para pesquisa e utilizados nestes texto:
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https://www.todamateria.com.br/grecia-antiga/
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https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/historia/o-que-e-grecia-antiga.htm
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https://brasilescola.uol.com.br/historiag/grecia-antiga.htm
Grécia Antiga é a civilização formada pelos
gregos no sul da Península Balcânica e que se estendeu por outras partes
do Mediterrâneo, além das Cíclades, pela Ásia
Menor e por regiões costeiras no Mar Negro. A história grega iniciou-se
oficialmente com o período homérico, por volta de 1100 a.C. e estendeu-se até a
transformação da Grécia em protetorado romano, em 146 a.C.
A
história grega é compreendida em cinco períodos criados pelos historiadores,
sendo o clássico o momento de auge dos gregos. Nesse período houve grande
desenvolvimento das pólis, destacando-se Atenas e Esparta. Os gregos legaram à
humanidade uma série de contribuições significativas em áreas do conhecimento,
como história, filosofia, literatura, teatro etc.
Períodos da Grécia
Antiga
A
periodização é uma estratégia utilizada pelos historiadores para facilitar-se a
assimilação e a organização do conhecimento histórico. No caso de civilizações
da Antiguidade, como os gregos, datações
aproximadas foram criadas levando-se em consideração determinadas
características ou acontecimentos que são estudados.
No
caso dos gregos, a datação estipulou a divisão em cinco
períodos, que
são:
·
Período pré-homérico (2000-1100 a.C.): período de formação do povo grego. Marcado pela existência de duas
grandes civilizações — minoica e micênica.
·
Período homérico (1100-800 a.C.): o “mundo grego” passa por uma grande ruralização com a invasão dórica, e
existem pouquíssimos registros sobre essa fase. A vida gira em torno do genos,
e há um grande recuo civilizacional.
·
Período arcaico (800-500
a.C.): marcado
pelo surgimento da pólis, o modelo da cidade-estado da
Grécia. O aumento populacional leva os gregos a mudarem-se à procura de novos
locais. O alfabeto fonético surge.
·
Período clássico (500-338 a.C.): período de maior desenvolvimento dos gregos, marcado pelo florescimento
da cultura grega,
como a filosofia. Esse período presenciou a rivalidade entre duas grandes
cidades-estado gregas: Atenas e Esparta.
·
Período helenístico (338-136 a.C.): a Grécia foi conquistada pela Macedônia, iniciando-se a fase da difusão
da cultura grega pelo Oriente. Seu fim ocorreu quando a Grécia converteu-se em um
protetorado dos romanos.
Formação da Grécia
O
povo grego foi formado da mescla de povos indo-europeus que começaram a
estabelecer-se na Grécia Continental a partir de 2000 a.C. Os povos que
formaram o povo grego foram os jônios, aqueus, eólios e dórios, cada qual chegando à Grécia em um
período distinto.
· Cretenses
O
avanço desses povos indo-europeus sobre a Grécia levou-os a encontrar uma
civilização estabelecida em uma grande ilha do Mar Egeu, a ilha de Creta. Esses
eram os cretenses ou minoicos, uma grande civilização que existiu entre
2000 a.C. até cerca de 1400 a.C., quando foram assimilados pelos micênicos.
As
duas grandes civilizações do período pré-homérico foram as civilizações minoica (também chamada de cretense)
e micênica. Os minoicos eram originários da
Ásia Menor e estabeleceram-se em algumas ilhas do Mar Egeu (as Cíclades),
sobretudo em Creta. Lá desenvolveram uma civilização que sobrevivia
da agricultura e do comércio.
Desenvolveram
também um sistema de escrita hieroglífica (chamado Linear A), que ainda
não foi inteiramente decifrada pelos estudiosos do assunto. Acredita-se que o
uso excessivo do solo aliado à ocorrência de desastres naturais, como uma
erupção vulcânica que afetou severamente Creta, tenham sido os fatores que
levaram esse povo à decadência e à sua assimilação pelos micênicos.
· Micênicos
Os
micênicos eram um dos povos indo-europeus que chegaram à Grécia no segundo
milênio a.C. Eles chamavam a si próprios de aqueus, e acredita-se que eles
chegaram à região por volta de 1600 a.C. Os aqueus expandiram-se para
o sul da Grécia, alcançando as Cíclades e a Ásia Menor (região da atual
Turquia).
Nessa
expansão, eles tiveram contato com os cretenses e
assimilaram diversas características da cultura deles. A expansão
territorial dos aqueus e a fusão de sua cultura com a cretense deram origem à
civilização micênica, a segunda grande civilização da Grécia no período
pré-homérico.
Assim
como os cretenses, os micênicos estabeleceram importantes
laços comerciais com povos da região do Mediterrâneo. Eles dominavam
técnicas de metalurgia e cerâmica, e seus centros de poder (no plural, pois se
organizavam em cidades-estado) baseavam-se em um grande palácio que abrigava um
rei. Tinham como fonte de escrita um silabário, ou seja, símbolos que
representavam sílabas. Chamada de Linear B, essa forma de escrita foi herdada
da desenvolvida pelos cretenses e representava uma forma arcaica de grego.
A
partir de 1200 a.C. os micênicos entraram em decadência, e isso está relacionado com
a invasão dórica. Os dórios também eram um povo
indo-europeu que chegou ao território grego a partir de 1200 a.C., trazendo
grande destruição. A cultura micênica foi quase inteiramente destruída, e
depois se estabeleceu um período de recuo civilizacional, conhecido como período homérico.
Pólis
A
Grécia Antiga tinha como grande característica a pólis, que era basicamente o
seu modelo de cidade-estado. Essa estrutura de comunidade foi
surgindo de maneira gradual na Grécia ao longo dos períodos homérico e arcaico.
Portanto, não se estabeleceu de uma hora para outra, mas foi resultado
de um processo lento que se deu à medida que o modo de vida dos gregos
tornava-se mais sofisticado.
A
pólis é comumente conhecida como cidade-estado, uma vez que cada pólis possuía
ampla autonomia sobre si. As pólis eram marcadas por autonomia
política, econômica, jurídica e religiosa, e, assim, a forma de governo
adotada, os principais deuses venerados e os princípios de participação na
política eram definidos por cada cidade-estado. Exemplificando, o funcionamento
de toda a sociedade ateniense era um atributo exclusivo de Atenas, e outras
cidades não tinham autonomia nenhuma para intervir nos assuntos dessa cidade.
Isso
nos ajuda a concluir que a Grécia Antiga não foi um império
centralizado e com fronteiras muito definidas, como em outros povos da
Antiguidade. Esse território e sua civilização basicamente correspondem a um
espaço específico onde diferentes comunidades reuniam entre si características
em comum, como a cultura, a religião, o idioma etc.
Grande
parte das pólis possuía, na Acrópole, prédios reservados para que os homens
adultos, nascidos na cidade, discutissem a política local — a Assembleia. Essa característica, no entanto,
foi tardia, uma vez que, no início, a totalidade das pólis era aristocrática,
e, portanto, somente um grupo muito pequeno tinha direito de tal exercício.
Isso
ficou conhecido como colonização grega, e esse acontecimento
aproveitou-se da expansão comercial dos gregos a partir do período arcaico no
século VIII a.C. Com isso, os gregos estabeleceram-se em diferentes regiões do
Mediterrâneo e até mesmo do Mar Negro. A localização das colônias gregas favoreceu
mais ainda o desenvolvimento comercial, pois criou um local de contato permanente de
gregos com outras populações que já habitavam nas proximidades de onde se
instalaram as colônias.
Esparta x Atenas
Entre
todas as pólis gregas, Atenas e Esparta foram as
maiores, pois
acumularam grande poderio econômico, militar e político. O auge dessas cidades
ocorreu durante o período clássico, e a história grega é marcada pela
rivalidade entre elas, que, além disso, possuíam dois modelos de pólis absolutamente
distintos um
do outro.
Essas
diferenças geraram tensões amenizadas por meio de reformas
de Sólon, governante da cidade no começo do
século VI a.C. Ele decretou o fim da escravidão por dívidas, dividiu a cidade
em quatro grupos baseados na sua renda, e permitiu que eles participassem da
Assembleia, ou seja, na tomada de decisões da administração ateniense.
Esparta, por sua vez, possuía um sistema
diferente de Atenas, pois, se, em Atenas, o modelo predominante era a
democracia, em Esparta, o que prevaleceu foi a oligarquia. Esparta era uma sociedade militarizada e herdeira dos dórios. Uma
pequena classe social de guerreiros possuía privilégios, participava da
política e explorava o trabalho de camponeses pobres (periecos) e dos escravos
(hilotas).
A
aristocracia espartana fazia de tudo para evitar transformações sociais e agia
para a manutenção desse sistema de exploração de grande parte da população.
Conhecidos como os melhores guerreiros da Grécia, os espartanos utilizavam-se
da violência para manter as “classes subalternas” dominadas. De tempos em
tempos, os guerreiros espartanos (chamavam a si de “os iguais”) organizavam
caçadas para chacinar parte da população hilota. Os guerreiros formavam essa elite que
não trabalhava e dedicava-se integralmente à vida militar. O treinamento militar em
Esparta iniciava-se na infância e estendia-se por toda vida.
A partir de determinada idade, os militares tinham o direito de entrar na vida
política
Enfraquecimento da
Grécia Antiga
O
período clássico é entendido como o auge da Grécia Antiga por conta do grande
desenvolvimento intelectual e econômico que nele aconteceu. No entanto, ele
também marcou o início da decadência grega, e isso está relacionado
com uma série de guerras que aconteceram entre os séculos V a.C. e IV a.C.
Os
dois grandes conflitos que abalaram a Grécia foram as duas Gueras Médicas e
a Guerra do
Peloponeso.
A primeira foi um conflito de persas contra gregos, em que estes
se defenderam da tentativa de expansão persa, enquanto a segunda foi um
conflito causado pelas rivalidades regionais entre Atenas e Esparta.
As
Guerras Médicas aconteceram em dois momentos distintos, um no qual os persas
eram liderados por Dario, e outro em que era liderados
por Xerxes. Nos dois casos, os persas tentaram expandir seu império
para a Grécia Continental, porém foram derrotados. Na Batalha
de Maratona (490
a.C.), Dario foi derrotado, e Xerxes foi derrotado na Batalha
de Plateia (479
a.C.). Desse conflito a cidade de Atenas saiu fortalecida. Administrada por Péricles, Atenas
passou por um desenvolvimento cultural muito importante, e politicamente a
cidade tinha ganhado projeção com sua liderança na Liga de
Delos.
Assim
foi iniciada a Guerra do Peloponeso, conflito que se estendeu em três fases:
·
Primeira fase: de 431 a.C. a 421 a.C.
·
Segunda fase: de 415 a.C. a 413 a.C.
·
Terceira fase: de 412 a.C. a 404 a.C.
Atenas
saiu derrotada desse conflito, e Esparta elevou-se como a
cidade dominante na
Grécia. Entretanto, um século de guerras provocou a decadência grega, uma vez
que trouxe muita destruição, morte e problemas econômicos. A partir de 371
a.C., Esparta foi substituída por Tebas como a maior potência grega.
O
enfraquecimento dos gregos permitiu que os macedônios, um povo influenciado pela cultura
grega, mas não reconhecidos como gregos, ganhassem força e conquistassem toda a
Grécia em 338 a.C. Os macedônios eram liderados por Filipe II, mas, dois anos depois, esse rei
faleceu, sendo sucedido por seu filho, Alexandre.
Alexandre realizou grandes feitos à
frente dos macedônios. Em 13 anos de reinado, ele expandiu seu império por
regiões muito vastas, alcançando e conquistando locais como o Egito e a Pérsia. Após a sua morte, o império
macedônico foi dividido em diferentes partes, e, tempos depois, em 136 a.C., a
região da Grécia foi assimilada pelos romanos.
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