Material de leitura – Desenvolvimento
da Revolução cubana e a relação com o socialismo
Material de leitura– Desenvolvimento
da Revolução cubana e a relação com o socialismo –
3º ano - Não há necessidade de devolver, cole em seu caderno e use para
estudar!
Objetivo central: Compreender o papel da Revolução cubana e a relação com o
socialismo.
Fonte do material de
leitura:
https://brasilescola.uol.com.br/historiag/revolucao-cubana.htm
Revolução
Cubana
A Revolução Cubana foi
um processo revolucionário que aconteceu em Cuba, uma ilha localizada no
Caribe, em 1959. Esse processo foi conduzido por um movimento guerrilheiro que
atuava de uma região remota da ilha chamada Sierra Maestra e teve como
lideranças Fidel Castro e Ernesto
“Che” Guevara. Os guerrilheiros cubanos que a princípio conduziam
um movimento revolucionário nacionalista, foram os responsáveis por derrubar a
ditadura de Fulgêncio Batista.
Resumo
A Revolução Cubana foi
conduzida por Fidel Castro, líder de uma guerrilha instalada no interior do
território cubano. A guerrilha liderada por Fidel buscava derrubar a ditadura
de Fulgêncio Batista, instalada no país desde 1952 por meio de um golpe
militar. Após idas e vindas, o movimento instalou-se em Sierra Maestra e foi
realizando ataques, os quais resultaram na derrubada do governo cubano.
O novo governo cubano que
se estabeleceu tinha em Fidel Castro seu grande nome e realizou uma série de
mudanças no país, que atraíram a atenção dos Estados Unidos. Os americanos,
insatisfeitos, romperam relações com Cuba e tentaram derrubar o governo cubano
em 1961. A quebra de relações com os EUA resultou na aliança dos cubanos com a
União Soviética.
Líderes da Revolução
Cubana
A Revolução Cubana teve
como grande nome Fidel Castro, mas outros nomes
importantes dessa revolução foram Raúl Castro (irmão
de Fidel), Ernesto “Che” Guevara (o grande nome da
luta revolucionária na América Latina) e Camilo Cienfuegos.
Antecedentes
Até o final do século XIX,
Cuba havia sido colônia espanhola, e sua independência foi
conquistada em 1898 com a intervenção dos Estados Unidos no país caribenho. O
fim da colonização espanhola não significou necessariamente o fim da exploração
de Cuba. A intervenção dos EUA fez com que o país passasse para o raio de
influência norte-americana.
Cuba tornou-se
praticamente um quintal dos Estados Unidos, e a influência de empresas
americanas cresceu consideravelmente ao longo do século XX. O símbolo da
influência dos Estados Unidos era a Emenda Platt, tratado em que Cuba aceitava que os
Estados Unidos interviessem no país sempre que considerassem necessário.
A Emenda Platt também
estipulava que bases navais americanas seriam desenvolvidas no país e que Cuba
venderia ou alugaria terras para que os Estados Unidos pudessem explorar
carvão. Nesse contexto, Cuba, na primeira metade do século XX, desenvolveu-se à
sombra do interesse americano e, assim, os seus governos funcionavam para
atender a esses interesses.
No contexto da Revolução
Cubana, o país caribenho era governado por Fulgêncio Batista,
um ditador que mantinha um governo extremamente corrupto. Fulgêncio assumiu o
poder em Cuba com um golpe realizado em 10 de março de 1952 contra o então
presidente, Carlos Prío Socarrás.
Fulgêncio Batista manteve
uma ditadura militar perseguindo seus opositores, implantando a censura e
governando para atender aos interesses dos Estados Unidos. A ascensão ao poder
de Fulgêncio Batista foi a grande responsável por iniciar um movimento
revolucionário de oposição.
Nesse momento, surgiu
Fidel Castro como liderança revolucionária em Cuba. O movimento revolucionário
cubano que surgiu nesse contexto, conforme evidenciam os historiadores, não era
um movimento de viés socialista ou comunista. Tratava-se de um movimento
estritamente nacionalista para
derrubar Fulgêncio Batista e acabar com a dependência de Cuba em relação aos
Estados Unidos.
Revolução Cubana
Fidel Castro foi o grande líder da Revolução Cubana e conduziu este processo de
1953 a 1959, tornando-se depois no governante de Cuba.**
O ponto de partida para a
Revolução Cubana foi o ataque contra o Quartel de Moncada no dia 26 de julho de
1953. Esse quartel do exército cubano era um arsenal de armamentos, e o ataque aconteceu
com uma guerrilha liderada por Fidel Castro e formada por pouco mais de uma
centena de homens.
Fidel Castro esperava que
o ataque contra o quartel pudesse ser o início de uma mobilização nacional
contra Fulgêncio Batista. O movimento, porém, fracassou, e muitos dos
guerrilheiros que lutaram ao lado de Fidel Castro foram mortos ou presos. Fidel
e Raul Castro foram presos, sendo Fidel condenado a 15 anos de prisão.
Dois anos depois, no
entanto, Fidel Castro e diversos outros presos políticos foram libertados pelo
governo de Fulgêncio Batista. Fidel e um grupo de seguidores exilaram-se no
México e lá organizaram um novo movimento para derrubar a ditadura em curso em
Cuba. Durante esse período no México, Fidel conheceu Ernesto “Che” Guevara,
revolucionário argentino que resolveu aderir à luta dos cubanos.
No México, Fidel Castro e
seus seguidores criaram o “Movimento
26 de Julho” em homenagem ao ataque realizado
contra o Quartel Moncada em 1953. Uma vez que o movimento revolucionário de
Fidel reorganizou-se no México, foram realizados os preparativos para que
retornassem a Cuba.
Os revolucionários cubanos
retornaram para Cuba em um iate, mas foram recebidos pelo exército cubano com
um duro ataque. Derrotados nesse ataque, esconderam-se na região de Sierra Maestra e
de lá, novamente, foram reorganizar a guerrilha com o objetivo de derrubar
Fulgêncio Batista.
Entre 1956 e 1959, os
revolucionários cubanos lutaram contra os exércitos de Fulgêncio Batista. Pouco
a pouco foram impondo derrotas ao governo e conquistando o apoio tanto da
população rural quanto da população urbana. A derrota de Fulgêncio, no entanto,
foi súbita, uma vez que só em 1958 os guerrilheiros conseguiram conquistar uma
cidade de mais de mil habitantes|.
O desgaste do governo e a
atuação dos guerrilheiros cubanos foram os grandes responsáveis pela queda de
Batista. A data que marca a vitória dos guerrilheiros é 1º de janeiro de 1959, dia
em que Fulgêncio Batista fugiu. Fidel Castro, o grande líder dessa revolução,
chegou em Havana no dia 8 de janeiro.
O novo governo estabeleceu
Manuel Urrutia na presidência de maneira provisória e Fidel Castro como
primeiro-ministro. A partir de 1959, começaram a ser implantadas diversas
reformas no país. As mudanças promovidas no campo da economia desagradaram
profundamente aos Estados Unidos e causaram o rompimento das relações entre
Cuba e os americanos.
O novo governo cubano
tentou diversificar a economia do país para reduzir a dependência do açúcar e
também promover certa industrialização. Ambas fracassaram. Além disso, o
governo cubano promoveu a reforma agrária e nacionalizou a exploração dos
recursos e as empresas instaladas no país.
Com essas ações, os
Estados Unidos opuseram-se abertamente contra o governo cubano e passaram a
organizar medidas para sabotar Cuba.
Uma das ações mais conhecidas organizadas pelos americanos foi o ataque
conduzido em 1961: a Invasão
da Baía dos Porcos. Nessa ocasião, dissidentes cubanos
financiados pela CIA tentaram invadir o país.
A oposição dos Estados
Unidos às medidas tomadas por Cuba é compreendida melhor dentro do contexto da
Guerra Fria, conflito político e ideológico que dividiu o mundo em dois blocos:
um de orientação capitalista, liderado pelos Estados Unidos, e outro de
orientação socialista, liderado pela União Soviética.
As medidas tomadas por
Cuba desagradavam aos Estados Unidos e, por isso, os revolucionários cubanos
começaram a ser acusados de serem comunistas, apesar das negativas de Fidel
Castro de ser ideologicamente alinhado ao comunismo. As ações dos Estados
Unidos contra Cuba pavimentaram o caminho que levou a ilha caribenha a
associar-se com a União Soviética, a grande inimiga dos americanos.
Entre 1960 e 1961, os
Estados Unidos tomaram uma série de medidas para sufocar a economia cubana.
Procurando uma alternativa, os cubanos aproximaram-se dos soviéticos. Em
janeiro de 1961, os Estados Unidos formalmente romperam relações diplomáticas com Cuba.
Em razão da aproximação de
Cuba com a União Soviética por causa das tentativas americanas de derrubar o
governo cubano, Cuba abraçou o comunismo como ideologia de seu governo. A
aproximação de Cuba com a União Soviética resultou, em 1962, em um dos capítulos
mais tensos e delicados de toda a história da Guerra
Fria: a Crise
dos Mísseis, em Cuba.
Fidel Castro, falecido
em 2016, foi primeiro-ministro de Cuba de 1959 a 1976. De
1976 a 2008, foi presidente do país, sendo sucedido por seu irmão, Raúl Castro.
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