Aspectos físicos das
regiões Norte e Nordeste – Material de leitura
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https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/caracteristicas-naturais-nordeste.htm
https://brasilescola.uol.com.br/brasil/regiao-norte.htm
Introdução aos aspectos
físicos das regiões Norte e Nordeste– 7º ano - Não há necessidade de devolver,
cole em seu caderno e use para estudar!
Objetivo central:
Compreender os aspectos físicos das regiões Norte e Nordeste
Regiões Norte e Nordeste – Aspectos físicos
gerais
Região Norte e aspectos gerais
A região Norte é
bastante conhecida por dois aspectos principais: é a maior
região do Brasil em termos de
extensão territorial e é a que concentra a maior biodiversidade graças
à existência da Floresta Amazônica. Mais da metade dessa floresta está
localizada no território brasileiro.
Devido
à presença da floresta, é na região Norte que percebemos a grande influência
que a paisagem natural possui sobre as ocupações humanas no espaço geográfico. A existência de comunidades ribeirinhas e o
uso com frequência de rios para o transporte de pessoas e/ou cargas podem
exemplificar essa influência.
Mapa da região Norte.
Breve
histórico da região Norte
A história do
Brasil mostra-nos que, no início da colonização portuguesa, as
ocupações humanas estavam concentradas nas faixas litorâneas. Por conto
disso, somente no século XVII é que a região Norte
começou a ser ocupada pelos colonizadores, por
meio de incentivos do governo português, com a instalação de um forte militar
na foz do Rio Amazonas. Essa ocupação deu origem à cidade de Belém, no Pará.
No
século XVIII, houve dois tipos de ocupações:
as religiosas, para catequização dos nativos, e as militares, para defender o
território nacional.
Já
nos séculos XIX e XX, novas moradias começaram a surgir por motivos econômicos
e sociais, devido à exploração da borracha, no interior
da Amazônia, e com a imigração japonesa, concentrada no estado do
Pará.
A exploração
da borracha no século XIX foi fundamental para o povoamento da
região Norte, pois, com a Segunda Revolução Industrial e o processo de
vulcanização, tal matéria prima tornou-se essencial na economia brasileira,
tornando-se o segundo produto mais exportado do país no fim do século XIX e
início do XX, atrás apenas do café.
A extração do látex
foi um dos fatores que desencadeou o povoamento da região Norte.
A
borracha enriqueceu um pequeno grupo de pessoas que
se concentrava na cidade de Manaus, porém a extração do látex nas seringueiras
para a confecção da borracha atraiu muita gente, principalmente nordestinos que
iam para a Amazônia devido à seca e em busca de melhor qualidade de vida. Desse
modo, podemos dizer que grande parte da região Norte é fruto de imigrantes que
buscavam enriquecimento rápido com as riquezas da Floresta Amazônica.
Clima da
região Norte
O
Norte do país é a única região brasileira cortada pela Linha do Equador. Com isso, grande
parte do clima dessa região é o equatorial, além de ser encontrado o clima tropical
continental.
O clima equatorial é
presente em todos os estados, exceto em algumas áreas do Tocantins, Pará e
Roraima. Bastante quente e chuvoso, esse clima permite-nos dizer que não há
inverno como nas outras regiões do Brasil. Já o clima
tropical continental, encontrado nos trechos em que o
equatorial não alcança, tem duas características bem definidas: um inverno seco
e um verão chuvoso.
A
localização da região Norte permite-nos dizer que o clima nessa localidade é
bem homogêneo, não sofrendo muitas variações. A média
termal está entre 25 ºC e 27 ºC.
Três
fatores tornam a região Norte a mais chuvosa do país:
sua proximidade com a Linha do Equador, a grande e densa Floresta Amazônica e
os vários rios de grande extensão (caudalosos) que ali estão. Assim, devido à
alta temperatura e à floresta, a evaporação é mais intensa, formando nuvens
durante o dia que geram chuvas no fim da tarde, o que chamamos de chuvas de
convecção. Dessa forma, os estados com maior concentração de pluviosidade são o
Amazonas e o Pará.
A densidade da
floresta somada às altas temperaturas e aos grandes rios tornam a região Norte
a mais chuvosa do país.
Contudo,
há um período do ano em que ocorre o fenômeno friagem.
Durante o inverno, entre maio e junho, frentes frias oriundas do Sul e do Sudeste do Brasil penetram no sudoeste da região Norte,
baixando as temperaturas para até 14 ºC. Esse fenômeno costuma durar, no
máximo, uma semana.
Relevo da
região Norte
Em
relação ao relevo, grande parte da
região Norte apresenta baixas altitudes,
excetuando as áreas de fronteira com as Guianas e a Venezuela. Nessa área, há a
incidência de planaltos que chegam até 3000 m de altitude, como o Pico
da Neblina, ponto mais alto do país localizado na fronteira com a Venezuela, no
estado do Amazonas.
Há
também a presença de depressões, superfícies mais
baixas em relação às áreas vizinhas. Esse tipo de relevo predomina na região
Norte. Dentre as depressões nomeadas pelos geólogos, podemos citar a depressão
norte-amazônica e a depressão sul-amazônica. A altitude dessas depressões não
ultrapassa 300 m.
No
leito do rio Amazonas, encontramos a sua planície, que acompanha todo o rio e
alguns de seus afluentes. Planícies são áreas geralmente planas e de baixa
altitude.
Hidrografia
da região Norte
A
hidrografia da região Norte abrange duas bacias hidrográficas do Brasil: a
bacia hidrográfica amazônica e a bacia hidrográfica Tocantins-Araguaia.
A
primeira corresponde a 45% do território brasileiro e
banha os seguintes estados: Amazonas, Acre, Amapá, Pará, Rondônia e Roraima e o
estado do Mato Grosso, no Centro-Oeste.
O
rio da dá nome à bacia, o rio Amazonas é o maior da região e do mundo em volume de
água, o que mostra sua grande importância para todos que estão
ao seu redor. Esse rio nasce nas montanhas do Peru e deságua no Pará, atingindo
o oceano Atlântico.
Quando
entra em território brasileiro, o rio Amazonas recebe o nome de rio Solimões.
Quando ele se encontra com o rio Negro, forma uma paisagem magnífica devido
ao contraste das águas.
Após esse encontro, volta a ser chamado de Amazonas.
Devido
ao seu tamanho, o rio Amazonas possui muitos afluentes,
alguns com mais de 1000 km, como o rio Madeira, o rio Juruá e o rio Tapajós,
além do rio Negro e o rio Jari.
Durante
a cheia do rio Amazonas e a maré alta do oceano Atlântico, há o fenômeno
conhecido como pororoca,
resultante do encontro dessas águas nesses períodos. Esse fenômeno atrai
turistas de todos os cantos do país, pois é típico daquela região.
Já
a bacia Tocantins-Araguaia banha
dois estados na região Norte: Tocantins e Pará. É a segunda
maior bacia hidrográfica do país e possui o
sentido sul–norte. Assim, os rios que dão nome a essa bacia, rio Tocantins e
rio Araguaia, nascem no Centro-Oeste, cruzam os estados do Tocantins e Pará até
desaguarem no oceano Atlântico.
Vegetação
da região Norte
O
destaque da região Norte nesse aspecto é a Floresta Amazônica.
A intensidade de chuvas na região permite uma grande biodiversidade, com vegetação densa e sempre verde. É a maior
floresta do mundo de regiões quentes, concentrando a maior
biodiversidade terrestre do planeta.
Podemos
citar algumas características dessa floresta:
· Variadas
plantas;
· Espécies
adaptadas ao clima úmido (higrófila);
· Árvores
com folhas latifoliadas, isto é, grandes e largas;
· Tamanhos
variados das árvores, que podem atingir mais de 30 m de altura;
· Árvores
muito próximas, o que garante uma vegetação fechada;
· Riqueza
de matéria-prima, como madeira, piaçava e plantas medicinais.
Essa
riqueza natural gera especulações das grandes indústrias. O desmatamento na floresta é um dos maiores do mundo,
gerando grande preocupação entre os estudiosos. Isso porque o solo da
região é frágil e pouco fértil. A grande
biodiversidade da floresta ocorre devido ao material orgânico depositado
no solo, como folhas e restos de frutas, e à alta pluviosidade. A
menor alteração nesse bioma pode levar a um erro irreparável.
Características naturais do nordeste
A
Região Nordeste do Brasil apresenta diversas configurações quanto aos aspectos
naturais dos principais elementos da natureza tais como relevo, vegetação,
clima, hidrografia, devido a essas variações essa região foi regionalizada ou
dividida em sub-regiões, são elas zona da mata, meio-norte, agreste e sertão. A
Zona da Mata está situada a leste da Região Nordeste, nesses locais ocorre a
predominância do clima tropical que possui características de apresentar
temperaturas elevadas e altos índices pluviométricos.
Meio-Norte
corresponde a uma parcela da Região Nordeste que corresponde a uma área de
transição climática e vegetativa, pois está entre o clima equatorial e
semiárido e entre a caatinga e as outras vegetações, como Cerrado, Mata de
cocais e floresta Amazônica. O agreste ocorre entre a zona da mata e o sertão,
apresenta características que oscila entre a floresta tropical, caatinga e
vegetação da região sertaneja.
O
Sertão compreende as áreas localizadas no interior da região onde ocorre a
predominância do clima tropical semi-árido, as temperaturas são elevadas com
duas estações bem definidas (uma seca e uma chuvosa), no entanto, a estação
chuvosa se apresenta somente em três meses e longos períodos de estiagem, dessa
forma, os índices pluviométricos anuais são relativamente baixos, variando
entre 500 a 750 mm ao ano.
A
sub-região do Sertão é o lugar do país que apresenta a menor incidência de
chuvas, os baixos índices pluviométricos e a má distribuição do mesmo são
provenientes de vários aspectos, porém os principais são as massas de ar e o
relevo, o último serve como barreira impedindo que algumas massas de ar cheguem
aos lugares mais secos e sejam influenciadas pelas mesmas.
Clima e vegetação
Na
Região Nordeste é possível identificar três tipos de climas: tropical,
semi-árido e equatorial úmido. O primeiro possui elevadas temperaturas e duas
estações bem definidas, sendo uma seca e uma chuvosa, os índices pluviométricos
anuais oscilam entre 1.800 a 2.000 mm e temperaturas que variam entre 24ºC e
26ºC. O segundo possui temperaturas elevadas e chuvas irregulares, essa
característica climática faz com que as áreas influenciadas sejam secas devido
aos longos períodos de estiagem e no terceiro existe a predominância de uma
grande umidade relativa do ar, além disso, demonstra elevadas temperaturas com
chuvas regulares durante todo o ano.
O
que mais se destaca em uma paisagem é a vegetação, desse modo, a composição
vegetativa de um lugar é resultado do clima que influencia uma determinada
região. Nos lugares de clima equatorial apresenta-se a floresta latifoliada
equatorial, entre o Maranhão e o Piauí apresenta a Mata de Cocais, na parte
litorânea a paisagem já foi composta pela floresta Atlântica, no interior
predomina a caatinga em áreas secas.
Relevo e hidrografia
Os
estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio
Grande do Norte e Sergipe estão sobre um extenso planalto antigo e aplainado
pela erosão.
No
que diz respeito à hidrografia da Região Nordeste, o rio São Francisco é um dos
mais importantes do país, especialmente no Nordeste que é utilizado pelos
sertanejos para o transporte de pessoas e mercadorias, além de abastecimento de
água para diversas utilizações como irrigação.