Aspectos físicos da Região Sudeste – Material de leitura
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Introdução aos aspectos
físicos da região Sudeste – 7º ano - Não há necessidade de devolver, cole em
seu caderno e use para estudar!
Objetivo central: Compreender
os aspectos físicos da região Sudeste.
Região Sudeste – Aspectos físicos/humanos
A região
Sudeste é a mais industrializada e urbanizada do Brasil. Uma grande
parcela das maiores empresas instaladas no país tem sede no Sudeste. Nessa
região, estão as principais metrópoles brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro e
Belo Horizonte.
Os estados que formam a região Sudeste são: Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Essa região possui uma área de, aproximadamente,
924.511,2 km2,
com mais de 84 milhões de habitantes (IBGE 2013), constituindo-se na região
mais populosa do Brasil.
Aspectos
físicos e naturais da Região Sudeste
Relevo
No relevo da
região Sudeste, destacam-se a planície costeira ou litorânea, os planaltos e as
chapadas da bacia do Paraná, os planaltos e as serras do Atlântico Sudeste e
Leste (planalto Atlântico) e a depressão periférica da borda leste da bacia do
Paraná.
A planície costeira é uma faixa de terra que
acompanha o litoral. Aí aparecem as Baixadas Fluminense, Santista e do Ribeira.
No planalto Atlântico, destacam-se as serras do Mar,
da Mantiqueira, do Espinhaço e de Caparaó.
O pico da
Bandeira é o ponto mais alto do Sudeste, com 2.891,98 metros de altitude. Está
localizado na Serra do Caparaó, na divisa dos estados de Minas Gerais e
Espírito Santo.
Os planaltos e chapadas da bacia do Paraná apresentam
altitudes menores em relação ao Planalto Atlântico, que se localiza na porção
oeste da região.
O Sudeste ocupa uma área de relevo elevado,
pois a maioria dos terrenos está acima dos 500 m de altitude. Esse tipo de
relevo facilita um maior potencial hidrelétrico, visto que possui rios mais
encachoeirados. São comuns as elevações de topos arredondados, chamadas de
“mares de morros”.
Hidrografia
A hidrografia da região Sudeste caracteriza-se por ser um
grande centro dispersor de águas que se dirigem para outras regiões,
abastecendo várias bacias hidrográficas. Chama-se bacia hidrográfica a área drenada por um rio principal e
seus afluentes, ou seja, rios que deságuam em outro rio.
A geração de energia é muito grande no Sudeste. A maior
parte dos rios da região é de planalto, portanto com grande potencial
hidrelétrico. A bacia do Paraná é a mais importante da região Sudeste e
destaca-se como a de maior potencial e aproveitamento da região. O Sudeste
produz mais da metade da energia elétrica consumida no Brasil.
Destacam-se as usinas hidrelétricas de Furnas, Volta
Grande, Marimbondo, no rio Grande, Três Marias (MG), no rio São Francisco, Ilha
Solteira e Barra Bonita, no Rio Tietê.
Outros rios importantes são o Ribeira do Iguape, o
Jequitinhonha, o Doce e o Paraíba do Sul. São rios que correm na direção leste,
desaguando diretamente no oceano Atlântico.
Atualmente, graças à construção de eclusas e de lagos
artificiais nas usinas hidrelétricas, os rios Grande, Paranaíba, Tietê e Paraná
são parcialmente navegáveis, permitindo o tráfego entre certas regiões de Mato
Grosso do Sul, Goiás, Mi nas Gerais, Paraná e São Paulo (hidrovia do
Tietê-Paraná).
Vegetação
Atualmente, a cobertura vegetal da região Sudeste é
bastante diferente daquela que existia antes do início da colonização
portuguesa no território. Entre todas as regiões brasileiras, esta foi a mais
alterada.
As principais formações vegetais que foram parcialmente
suprimidas na região Sudeste são:
·
Florestas
tropicais – mata Atlântica, uma das regiões mais ricas do mundo em biodiversidade,
hoje considerada um dos biomas mais ameaçados do planeta;
·
Cerrado –
aparece principalmente em trechos do interior de São Paulo e em extensas áreas
de Minas Gerais;
·
Caatinga –
presente nas áreas de clima tropical semiárido do norte de Minas Gerais;
·
Campos –
surgem principalmente em áreas serranas, por exemplo Campos do Jordão, na serra
da Mantiqueira. Também aparecem no sul do estado de São Paulo;
·
Mangues e restingas – formações vegetais típicas do
litoral.
Clima
Nas áreas baixas, perto do litoral, as temperaturas são
mais elevadas do que nas áreas de maior altitude. As cidades do Rio de Janeiro
e de Santos, por exemplo, são mais quentes que São Paulo e Belo Horizonte.
Algumas cidades montanhosas chegam a apresentar
temperaturas negativas no inverno com a formação temporária de geadas. Isso
ocorre, por exemplo, em Campos do Jordão, cidade situada na serra da
Mantiqueira, que possui altitude superior a 1.500 metros.
O clima predominante no litoral é o tropical atlântico,
enquanto nos planaltos domina o tropical de altitude.
Aspectos humanos da Região Sudeste
A ocupação mais efetiva dos espaços da região Sudeste teve
início em 1532, quando Martim Afonso de Souza fundou São Vicente (SP), lançando
as bases da colonização portuguesa no Brasil. Entretanto, foi durante o
período da mineração (século XVIII) que a região atraiu milhares de pessoas em
busca de enriquecimento rápido. A região das minas logo promoveu uma interação
entre as províncias (principalmente das regiões Sul e Nordeste) que forneciam
alimentos para a região.
Até o final do
século XIX, a população do Sudeste era quase toda formada por descendentes de
portugueses e indígenas ou por negros escravizados que trabalhavam em sua maior
parte nas fazendas e nos serviços domésticos.
A presença indígena era tão forte que, até o século XIX, a
língua mais falada na província de São Paulo era a língua geral, uma mistura do
tupi e outras línguas indígenas com o português.
O enorme sucesso da economia cafeeira mudou
significativamente esse quadro. Mesmo antes da abolição da escravidão, em 1888, as fazendas de café começaram
a empregar trabalhadores livres, atraindo imigrantes europeus. No final do
século XIX, desembarcavam, a cada ano, no porto de Santos, dezenas de milhares
de italianos, portugueses e espanhóis para substituir os escravos negros que
foram libertados pela Lei Áurea.
A partir de
1908, começaram a chegar os primeiros grupos de imigrantes japoneses. Naquela época,
o Japão vivia um momento de rápida modernização. A agricultura se desenvolvia e
se mecanizava e muitos camponeses estavam perdendo o seu trabalho.
No mundo todo, o Brasil foi o país que mais atraiu
imigrantes japoneses. Alguns foram trabalhar nas fazendas de café; outros
vieram com algum dinheiro e compraram pequenos sítios na periferia da cidade de
São Paulo, onde passaram a plantar hortaliças e legumes. Foi assim que os
sítios de japoneses tornaram-se uma paisagem muito comum nas áreas próximas a São
Paulo (cinturão verde). A população do Sudeste foi profundamente modificada não
só pela imigração, como também pelas migrações internas que se intensificaram
nas primeiras décadas do século XX. Nessa época, os nordestinos, em busca de
melhor qualidade de vida, passaram a buscar emprego em outras regiões
brasileiras, sobretudo no Sudeste, onde a economia crescia rapidamente
(indústria, construção civil).
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