9º ANO – ASPECTOS FÍSICOS E CARACTERÍSTICAS GERAIS DA ECONOMIA ASIÁTICA - 2º
SEMESTRE
Orientação: Leia com atenção e cole em seu
caderno – Não é necessário devolver na escola
Objetivo: Identificar as principais
características gerais dos tigres asiáticos/Japão e seu pleno desenvolvimento.
Fontes confiáveis para utilizadas na construção
deste texto:
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/tigres-asiaticos.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/modelo-japones-ascensao-crise.htm
Tigres Asiáticos e os novos tigres asiáticos
Na década de 1970, quatro países da Ásia (Cingapura, Hong
Kong, Coreia do Sul e Taiwan) apresentaram um acelerado processo de
industrialização. Em razão da agressividade administrativa e da localização dos
países, eles ficaram conhecidos mundialmente como Tigres Asiáticos. O modelo industrial desses países é caracterizado
como IOE (Industrialização Orientada para a Exportação), ou seja, as indústrias
transnacionais que se estabeleceram nesses países e as empresas locais
implantaram um parque industrial destinado principalmente ao mercado exterior.
Cingapura
Cingapura, Hong Kong, Coreia do Sul e Taiwan utilizaram
métodos diferentes para o desenvolvimento econômico, no entanto, essas nações
apresentaram aspectos comuns, como forte apoio do governo, proporcionando
infraestrutura necessária (transporte, comunicações e energia), financiamento
das instalações industriais e altos investimentos em educação e
em qualificação profissional. Além disso, esses países (exceto Coreia do
Sul) adotaram uma política de incentivos para atrair as indústrias
transnacionais. Foram criadas Zonas de Processamento de Exportações (ZPE), com
doações de terrenos e isenção de impostos pelo Estado.
Diferentemente dos outros Tigres Asiáticos, a Coreia do Sul
demonstrou resistência a instalações de empresas transnacionais em seu
território. O desenvolvimento industrial do país baseou-se nos chaebols, que se
caracteriza por redes de empresas com fortes laços familiares. Quatro grandes
chaebols controlam a economia coreana e têm forte atuação no mercado
internacional: Hyunday, Daewoo, Samsung e Lucky Gold Star. Somente na década de
1980 começaram a entrar transnacionais na Coreia do Sul, entretanto estas são
associadas a empresas coreanas.
Os
Novos Tigres Asiáticos
Em consequência do grande desenvolvimento econômico dos
Tigres Asiáticos, houve uma expansão para os países vizinhos do sudeste, o que
proporcionou um processo de industrialização na Indonésia, Vietnã, Malásia,
Tailândia e Filipinas. Além dos investimentos dos quatro Tigres originais, os
novos Tigres passaram a fazer parte das redes de negócios de empresas dos
Estados Unidos, do Japão e de outros países desenvolvidos. Nesses novos Tigres
foram instaladas indústrias tradicionais, como têxteis, calçados, alimentos,
brinquedos e produtos eletrônicos. Nesses países há mão de obra menos
qualificada que a encontrada nos quatro Tigres originais, porém, muito mais
barata. Milhares de pequenas empresas produzem mercadorias sob encomenda,
criadas e planejadas em outros países do mundo.
Modelo japonês: ascensão e crise
O modelo japonês de gestão e
desenvolvimento econômico caracterizou-se pelo crescimento do país no período
pós-guerra, que foi responsável pela operacionalização de um sistema econômico
baseado nos avanços tecnológicos e que colocou o Japão no segundo lugar entre
as maiores economias do mundo durante os anos 1990.
Durante a Segunda Grande Guerra (1939-1945), o Japão sofreu
duramente com os ataques nucleares em Hiroshima e Nagazaki, além de algumas
sanções militares impostas pelos países vencedores do conflito. Por outro lado,
o período que se sucedeu ficou marcado pela rápida recuperação e pelos avanços
econômicos do país, graças aos investimentos em tecnologias e à ajuda econômica
fornecida pelos Estados Unidos, denominada por Plano Colombo.
Sabe-se que os fatores naturais do país são um empecilho
para o seu desenvolvimento econômico. Boa parte de seu território é formada por
cadeias de montanhas e relevo bastante acidentado, o que prejudica a moradia e
a agricultura. Com isso, o país importa grande parte da matéria-prima que
necessita para a produção. Além disso, em um território equivalente ao estado
de Goiás, vive uma população que se aproxima do número de habitantes de todo o
Brasil, caracterizando uma das maiores densidades demográficas do mundo.
Por isso, o modelo econômico japonês necessitava de
combinar qualidade com produtividade em seu modelo produtivo. Então, o país
iniciou um pesado investimento em tecnologias, resultando em uma grande
quantidade de exportações, principalmente para os EUA, o que foi responsável
pelo grande desenvolvimento econômico do país, chamado de “Milagre Japonês”.
Com uma economia baseada na importação de matérias-primas e
na exportação de produtos de alta tecnologia, com boa qualidade e a preços
baixos, o Japão tornou-se, nos anos 1990, a segunda maior economia mundial.
Entretanto, depois disso, o modelo econômico japonês
demonstrou sinais de esgotamento.
Em primeiro lugar, os demais países do globo também
realizaram importantes avanços no desenvolvimento tecnológico, de forma que
muitos deles conseguiram avanços iguais ou superiores aos japoneses, com custos
inferiores e qualidade semelhante em seus produtos. Em segundo lugar,
emergiram no contexto da economia internacional alguns concorrentes que
começaram a ganhar mercados e a tomar espaços que antes eram hegemonizados pelo
mercado japonês, como a China e os Tigres Asiáticos.
Outro fator preponderante nesse processo foi a extrema
dependência do país em exportar seus produtos. Com as quedas dessas
exportações, a economia do Japão reduziu o seu crescimento. Tal declínio está
associado não tão somente aos novos concorrentes, mas também à recusa de alguns
países em importar do Japão por este não importar grandes somas de mercadorias
desses países. Atualmente, o maior exportador do mundo é a China.
Para piorar esse cenário, emergiu a partir de 2007 uma
série de crises econômicas que afetou os Estados Unidos e, principalmente, a
Europa, o que reverberou no crescimento da economia Japonesa.
Apesar de ainda serem muito fortes, as indústrias japonesas vêm perdendo espaço
no mercado mundial.
Para mudar esse cenário, os especialistas são unânimes em
dizer que é preciso reduzir a dependência da economia japonesa das importações,
fortalecendo o mercado interno e incentivando, inclusive, a compra de produtos
estrangeiros, a fim de facilitar o aumento das exportações.
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