FEUDALISMO– MATERIAL DE LEITURA
Material de leitura – Feudalismo
– 1º ano - Não há necessidade de devolver, cole em seu caderno e use
para estudar!
Objetivo central: Identificar aspectos
relevantes do sistema econômico medieval, o feudalismo.
Fontes do texto:
https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/historia/o-que-e-feudalismo.htm
O
que é feudalismo?
Feudalismo é o nome dado à forma de organização econômica e
social vivenciada na Europa Centro-Ocidental durante o período histórico
conhecido como Idade Média, entre os séculos V e
XV. O nome é derivado dos feudos (ou vilas), as unidades de habitação e
produção que eram características do período. Essas grandes propriedades
agrárias demonstraram que houve um processo de ruralização da sociedade que
habitava o continente europeu e as ilhas Britânicas, bem como uma passagem da
organização do trabalho pautada no escravismo para a servidão.
O feudo era formado geralmente pelo senhor feudal, por escravos (que eram minoritários à época) e por
camponeses, livres ou em condição de servidão. Havia ainda artesãos nos feudos,
representando um número pequeno de pessoas, exercendo trabalhos agrícolas para
sua subsistência. Uma das caraterísticas do feudalismo era a tendência para a
autossuficiência das grandes propriedades agrárias, situação que levou a uma
diminuição do comércio na região, se comparado com as trocas comerciais que
existiram no Império Romano.
O feudalismo seria o resultado da fusão
de elementos de organização social derivados tanto dos séculos finais do
Império Romano do Ocidente quanto das populações bárbaras.
Por exemplo, havia a clientela, a
relação de dependência social entre os indivíduos em Roma, base da relação
entre senhor e servo; e o colonato, que em Roma
significava a fixação do homem na terra, dificultando a mobilidade da população
servil durante sua passagem para o feudalismo.
Outro elemento romano que serviu para a
constituição do feudalismo foi o precarium, a entrega de terras a
um senhor em troca de proteção. Colonato e precarium formaram
as bases da instituição da servidão durante o feudalismo.
Um elemento da organização social
bárbara que se manteve durante o feudalismo foi o comitatus, que consistia na relação de lealdade entre os guerreiros
e os chefes tribais, servindo de base para o estabelecimento das relações de
suserania e vassalagem entre os membros da nobreza. Havia também a influência
das leis consuetudinárias, baseadas no costume e que serviram para conformar os
direitos das pessoas durante o período.
A nobreza era a classe mais
alta do feudalismo, pois era quem controlava as grandes propriedades agrícolas.
Era da nobreza que provinha os senhores feudais e os principais membros do
clero. Entre os nobres, havia diferenciação social entre suseranos e vassalos,
sendo os primeiros os que detinham mais poder em relação aos segundos. O poder
se exercia durante o feudalismo através do controle de um maior número de
terras e servos. Assim, um suserano entregava a um vassalo certa quantidade de
terras e servos em troca de sua lealdade, principalmente durante as guerras,
que eram constantes.
Os servos eram os
camponeses que constituíam a maior parte da população no feudalismo. Viviam
presos a terra e eram obrigados a prestar pesados serviços e a pagar uma grande
quantidade de tributos aos senhores feudais, sendo essa forma de exploração do
trabalho a base da riqueza feudal.
Havia ainda, em menor número, escravos e
também os vilões, antigos proprietários
livres que estavam ligados a um senhor, mas que também eram obrigados a prestar
serviços e a pagar tributos.
Apesar de haver um estatuto social
distinto do clero, eles não se
distinguiam muito dos senhores feudais, a não ser pelo controle religioso do
catolicismo cristão que essa camada da nobreza detinha. As igrejas e abadias
eram detentoras de um grande número de terras e servos, realizando uma forma de
exploração do trabalho camponês que em nada se diferenciava dos demais senhores
feudais. O cristianismo, como principal sistema ideológico do período, era
também uma das principais características do feudalismo. Foi o cristianismo
católico controlado pela Igreja que moldou os comportamentos, a cultura e os
ideais do homem medieval. Por isso, a Igreja transformou-se na principal
instituição do feudalismo.
O feudalismo foi tratado pelos homens do
Renascimento Cultural como um período de obscurantismo da história europeia,
por ter sido a cultura greco-romana suplantada pela cultura religiosa cristã.
Foi por isso que o feudalismo também ficou conhecido como Idade Média, um
período intermediário entre a Antiguidade Clássica e a Idade Moderna, sendo
esta última a idade dos homens do renascimento, que buscaram resgatar a cultura
greco-romana.
Apesar de os homens da Idade Moderna
caracterizarem o feudalismo como um período de trevas, houve avanços
tecnológicos, como a adoção do estribo que deu novo dinamismo às cavalgadas, a
agricultura dos três campos (rotação de culturas), a utilização do arado de
ferro (charrua) e sua adaptação para a utilização de cavalos em substituição
aos bois. Os moinhos foram aperfeiçoados, bem como o artesanato, tanto na área
têxtil quanto na militar, principalmente em decorrência das inúmeras guerras
pela disputa do poder.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente aqui...