Entende-se por dinâmica populacional o
estudo da variação na quantidade dos indivíduos de determinada população. Já o
conceito população pode ser definido como o conjunto de pessoas que residem em
determinado território, que pode estar constituído em uma cidade, um estado, um
país ou mesmo o planeta como um todo. Tal população pode ser classificada ainda
segundo sua religião, nacionalidade, local de moradia (urbana e rural),
atividade econômica (ativa ou inativa), e os seus respectivos comportamentos
são objeto dos denominados "indicadores sociais", estatística
destinada a traduzir em uma grandeza quantitativa um conceito social abstrato e
informar algo sobre certo aspecto da realidade social, como por exemplo taxas
de natalidade, mortalidade, expectativa de vida, índices de analfabetismo, entre
outras variáveis.
É
fundamental ao se analisar dinâmica populacional que não se confunda população
com nação, conceito que é definido como o conjunto de pessoas que repartem a
mesma história, estando, por isso, inseridas em um mesmo panorama cultural. De
acordo com essa orientação, a população de um país pode estar dividida em
várias nações, ao mesmo tempo em que uma nação pode estar dividida entre dois
ou mais países.
No
passado, a dinâmica populacional foi muito associada às ideias de explosão
populacional, recebendo grande atenção os trabalhos de Thomas Maltus
relacionados à problemática, que procuravam alertar sobre o crescimento
desordenado da população e a inevitável escassez de alimentos e recursos que
tal crescimento traria. Com o advento da Revolução Industrial, e o
florescimento da tecnologia, especialmente nas áreas de produção, conservação e
transporte de alimentos, os estudos de Malthus caíram por terra. Hoje, a
discussão está em um ponto diametralmente oposto, o da "implosão
populacional", pois em vários pontos do planeta assistimos a quedas de
taxas de fecundidade, especialmente na Europa ocidental e Japão.
No
Brasil, podemos afirmar que há uma melhora geral na qualidade de vida da
população, contribuindo para seu constante aumento, resultante das melhorias
médico-sanitárias decorrentes do pós-guerra e também dos movimentos migratórios
ocorridos nos anos 60 e 70 da população rural em direção às cidades, melhor
equipadas para atender a população em geral se comparado às áreas mais isoladas
e rurais. Ao mesmo tempo em que a qualidade de vida melhora, há uma diminuição
na taxa de fecundidade dos brasileiros, muito devido à participação efetiva da
mulher no mercado de trabalho. Talvez não seja o único fator, mas é certamente
o mais importante para explicar uma considerável mudança na pirâmide etária nacional, onde se reduz
consideravelmente o número de jovens, aumentando por outro lado o número de
idosos, o que acarretará um problema em relação à previdência brasileira, com
menos jovens a custear o serviço do qual uma população cada vez maior de idosos
deseja usufruir.
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