Surgimento e Importância da Cartografia
Existem diversas formas de se representar o espaço geográfico, sejam por meio de desenhos artísticos, técnicos, fotografias, mapas, etc. A ciência responsável pela representação gráfica do espaço geográfico, tendo como produto final o mapa, é a Cartografia.
Mas por que se estudar Cartografia? É por conta dela, com a ajuda de diversas áreas, principalmente da Geografia, que se consegue reunir e analisar dados e medidas das diversas regiões da Terra e representar graficamente em uma escala reduzida. A Geografia contribui muito na Cartografia, no que se refere aos seus conhecimentos sobre o espaço geográfico, tais como: conhecimento sobre a geomorfologia, a hidrografia, a organização urbana e populacional, econômica, etc. Esses conhecimentos serão abordados mais adiante. A representação do espaço geográfico em forma de mapas é mais antiga do que a própria escrita, como vemos na figura abaixo, o mapa feito numa placa de barro no ano de 2500 a.C. Mas o que seria um mapa? Para Raisz (1968), o mapa é uma representação do que de melhor se conhece da superfície terrestre, vista de cima. No estudo e na confecção de um mapa, devem ser considerados: escala, sistema de projeções, convenções cartográficas (elementos representados por símbolos), legenda para explicar o significado dos símbolos e um título para o mapa.
Este é considerado um dos mapas mais antigos, datado de 2500 a.C., foi encontrado na região da Mesopotâmia. Representa o rio Eufrates e acidentes geográficos adjacentes, sendo feito uma pequena estela de barro cozido que cabe na palma da mão e que foi descoberta perto da cidade de Harran, no nordeste do Iraque atual.
Escala
O mapa é uma representação reduzida da superfície terrestre. Esta redução é feita através da escala cartográfica, que é a relação entre o valor de uma distância medida sobre a superfície da Terra e o comprimento medido no mapa, expressado pela seguinte expressão matemática:
No mapa existem dois principais tipos de escalas: a escala numérica e a escala gráfica.
Escala Numérica: é posta em forma de relação matemática.
Por exemplo: 1:1.000.000 ou 1/1.000.000, onde o número 1, que fica no numerador, é a medida (em centímetros) a ser usada no mapa; e todo número que aparece após os dois pontos ou a barra corresponde à medida (em centímetros) a ser aplicada no terreno. No caso, 1 centímetro no mapa corresponde a 1.000.000 de centímetros a serem medidos na superfície.
Escala Gráfica: representada por uma régua graduada.
Tamanho da Escala
Para a representação da superfície através dos mapas é preciso se fazerem reduções dos fenômenos a serem cartografados.
Por meio disto, existem 3 tamanhos de escala que representam o grau de detalhamento dos fenômenos nos mapas: grande, média e pequena. Em resumo, trata-se de uma questão da necessidade ou não da exigência de detalhes. Um mapa com escala grande apresenta um alto grau de detalhamento dos objetos/fenômenos a serem mapeados, ou seja, a representação gráfica dos elementos da superfície chega próximo do real. Ex.: plantas de construção de condomínios, plantas cadastrais de cidades; escalas menores que 1:25.000 No mapa de escala média apresenta-se um grau de detalhamento regular do terreno, no qual são utilizadas formas geométricas para representá-los. Ex.: Cartas Topográficas; escalas entre 1:25.000 e 1:250.000
Contudo, se um mapa não apresentar um grau de detalhamento razoável, ele é tido com um mapa de escala pequena. Esta escala é utilizada quando se fazem representações generalizadas dos fenômenos desejados. Ex.: Mapas de Estados, países e Mapa-Mundi; escalas maiores que 1:250.000.
Observe as figuras abaixo mostrando os diferentes níveis de análise em suas escalas:
Para Oliveira (1993), o grande drama da Cartografia é o de representar a superfície curva que a Terra possui para uma superfície plana, que é o mapa. Então, um mapa-mundí tem a superfície da Terra toda alterada, sendo, então, o globo terrestre a representação mais fiel que temos da superfícia da Terra.
Segundo Tamdjian e Mendes (2005), o termo projeção deriva dos processos e metodologias usados para a elaboração dos mapas, que são baseados na utilização de uma fonte de luz dentro do globo terrestre. A projeção dos paralelos, dos meridianos e de outras características geográficas sobre uma superfície colocada ao lado do globo são ilustradas na figura abaixo.
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