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A Sociedade Açucareira do Brasil Colonial – História Enem & Encceja.
É hora de relembrar o conteúdo sobre a sociedade açucareira do Brasil Colonial. Tempos duros da escravidão, de feitores, senhores de engenho e de exploração pela Coroa de Portugal. Cai nos vestibulares e no Enem também. Então, é hora de revisar para mandar bem nas questões de História. Confira abaixo.
Um dos traços marcantes da Sociedade Açucareira foi a escravidão e ainda uma hierarquia social muito rígida. Então, vamos conhecer um pouco mais sobre este período histórico. É uma aula com o retrato do Brasil colonial. Olhando assim séculos depois pode ser difícil imaginar o que aconteceu.
Mas, até engenhos movidos pela força muscular de escravos eram comuns em pequenas moendas. Veja na imagem:
Os senhores de engenho eram o grupo dominante na sociedade açucareira. Eram os donos das terras, das máquinas e até dos homens! Possuíam muita riqueza e prestígio.
Eles tinham poder sobre todos os habitantes do engenho: do padre aos escravos, além dos familiares e dos trabalhadores livres. Na sua falta quem exercia tal poder era o filho mais velho. Por isso, dizemos que a família senhorial no Brasil era patriarcal.
Veja na imagem uma cena de época, dos tempos da Sociedade Açucareira no Brasil Colonial, com a família da Casa Grande seguida pelos escravos da Senzala. O quadro ‘Uma família brasileira’ é de uma gravura de Henry Chamberlain, 1819.
Terras, Escravidão, e Açúcar – No seu dia a dia os senhores ocupavam-se com a aquisição de terras, o comércio do açúcar, sua compra e venda, o controle dos escravos, a administração da propriedade, o pagamento dos salários dos trabalhadores livres, os assuntos relacionados aos rebanhos e à lavoura, os problemas domésticos e familiares e a acomodação de hóspedes.
Como você pôde perceber o poder do senhor de engenho perpassava todos os assuntos relacionados à produção de açúcar e à família. Ele controlava tudo e todos!
Mas, você deve estar se perguntando: – O senhor de engenho só ficava nas fazendas de açúcar?
A resposta é não! Os senhores de engenho não viviam isolados nas suas fazendas de cana. Como a produção de açúcar era destinada ao consumo externo, eles estavam sempre em contato com o meio urbano.
Eles negociavam com financiadores e comerciantes do açúcar e também participavam da vida política e administrativa das vilas e cidades (exerciam cargos nos órgãos locais).
Lavradores de cana – Nesta sociedade havia também os donos de canaviais que não eram senhores de engenho. Como montar um engenho exigia muito dinheiro alguns lavradores moíam a cana de suas terras em engenhos alheios – eram os chamados arrendatários.
Estes arrendatários eram aqueles que obtinham o direito de usar provisoriamente uma propriedade mediante o pagamento ao dono das terras. Em troca entregavam parte do açúcar que produziam ao senhor de engenho. O arrendamento das instalações de engenho foi muito comum no período colonial.
Você sabia que havia na época dois tipos de arrendatários? Não? Então, vamos ver quais eram?
- Lavradores de cana obrigada: eram os arrendatários que só podiam moer a cana em determinado engenho.
- Lavradores de cana livre: eram os arrendatários que tinham a liberdade de escolher o engenho que oferecesse as melhores vantagens para o negócio.
Os trabalhadores do engenho – O quadro de trabalhadores do engenho era bastante complexo. Havia os trabalhadores especializados, que eram os trabalhadores livres, e os escravos. Vamos ver alguns deles?
Os feitores eram responsáveis por diferentes tarefas no engenho. Havia o feitor que cuidava da moenda, o feitor encarregado da plantação, o feitor-mor que administrava o engenho (imagem 1), o feitor de campo que vigiava e castigava os escravos (imagem acima).
O mestre de açúcar (imagem abaixo) controlava o trabalho de beneficiamento do açúcar. O purgador (imagem 4) administrava o processo de clareamento do açúcar. O oficial de açúcar (imagem 5) auxiliava o mestre de açúcar. O caldeireiro (imagem 6) trabalhava nas caldeiras.
Além desses trabalhadores, havia também os artesãos (carpinteiros, pedreiros, ferreiros…). Os mais bem pagos eram os especialistas na produção do açúcar: mestre de açúcar, purgador e caldeireiro. O salário desses trabalhadores era pago anualmente.
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Os escravos de origem africana e seus descendentes formavam a grande maioria da população colonial. Eram eles que realizavam a maior parte das atividades do engenho. Os chamados escravos de campo – que trabalhavam carpindo, plantando, colhendo e pescando – constituíam 80% dos escravos.
Os que trabalhavam no processo de fabricação do açúcar, 10%. Os escravos que eram destinados às atividades domésticas na casa-grande – cozinheira, faxineira, arrumadeira etc. – e os artesãos – oleiro, carpinteiro, ferreiro etc. – todos juntos, compunham mais 10%.
Dependia quase que exclusivamente do trabalho escravo o funcionamento dos engenhos.
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