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domingo, 24 de outubro de 2021
Atividade de Informática - PARTE 2
domingo, 17 de outubro de 2021
segunda-feira, 11 de outubro de 2021
Oriente Médio
Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/oriente-medio.htm
O Oriente Médio é uma região composta por países e territórios da Ásia Ocidental, situada entre os continentes asiático, europeu e africano. Possui mais de sete milhões de km² de área e uma população que supera os 385 milhões de habitantes. Apresenta climas Árido e Semiárido, terrenos planálticos e grandes reservas de petróleo, o que a torna alvo de disputas geopolíticas. A região é conhecida pela grande concentração de conflitos e guerras, como os conflitos entre Israel e Palestina e a guerra civil da Síria.
Resumo sobre o Oriente Médio
Oriente Médio é o nome que se dá a uma região formada por um conjunto de países e territórios localizados na Ásia Ocidental.
Trata-se de uma região de grande importância histórica e geopolítica.
Situa-se entre os continentes africano, europeu e asiático.
O clima nos países do Oriente Médio é predominantemente Árido e Semiárido, o que caracteriza a sua vegetação de savana e os poucos rios perenes da região, dentre os quais se destacam os rios Tigres, Eufrates e Jordão.
Localizam-se nessa área grandes desertos, como o deserto da Arábia.
O seu relevo é composto por planaltos em sua maioria, com a presença de extensas cadeias montanhosas e formas residuais. As planícies se concentram nas áreas próximas aos litorais dos países.
A economia da região é guiada pela exploração e exportação do petróleo e seus derivados, notadamente nos países-membros da Opep.
Possui economias muito ricas e também muito pobres, havendo um grande contraste na região.
A escassez de água é um dos problemas em comum entre os países.
É a região que concentra atualmente o maior número de conflitos no mundo.
Extensão territorial: sete milhões km²
Localização: Ásia Ocidental
Clima: Árido e Semiárido
Governo: encontra-se formas variadas de governo na região, como monarquias absolutistas, monarquias constitucionais, repúblicas teocráticas, repúblicas presidencialistas e parlamentaristas.
Divisão administrativa: a região é formada por 18 países e territórios.
Idioma: diversas línguas e dialetos são falados no Oriente Médio. Entre eles estão os idiomas árabe, persa, hebraico e turco.
Religiões: islâmica, judaica e cristã
População: 385 milhões de habitantes
Densidade demográfica: 55,22 hab./km²
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): entre 0,906 e 0,463
Moeda: não há uma moeda unificada. Muitos países usam a Dinar e a Rial locais, além da Libra (Síria e Líbano), Dirham (Emirados Árabes Unidos) e Novo Shekel Israelense.
Gini: varia entre 0,260 e 0,420.
Fuso horário: entre GMT +2 e GMT +4:30
História do Oriente Médio
O Oriente Médio foi o berço de algumas das mais importantes e antigas civilizações do mundo, cujos elementos culturais, como a sua religiosidade, foram amplamente difundidos e são, até os dias de hoje, presentes em diversos países e regiões. A escrita e técnicas empregadas na agricultura, como a irrigação, também tiveram origem e se aperfeiçoaram nessa região.
Os rios perenes que cruzam os territórios do Oriente Médio foram fundamentais para o seu povoamento e estabelecimento das primeiras cidades, entre eles estão os rios Nilo, Jordão, Tigres e Eufrates, na região que era chamada de Crescente Fértil.
Os registros de ocupação humana no vale daqueles cursos d’água remontam a 5000 anos a.C. Na Crescente Fértil estava situada a Mesopotâmia, cujo nome é justamente derivado de sua posição “entre rios” e que corresponde hoje ao Iraque. Foi onde surgiu uma das primeiras civilizações orientais da Antiguidade, os sumérios, que exerceram seu domínio na região por cerca de quatro séculos, entre 3200 a.C. e 2800 a.C. Na sequência vieram os acadianos, os babilônios e os assírios.
Diversos impérios foram formados no Oriente Médio e governaram áreas e em períodos distintos da história. Dentre eles se destacaram o Império Persa, formado em 550 a.C. e cujo domínio abrangeu a maior parte dos países que hoje integram a região, e o Império Otomano, que se manteve entre o século XVIII e as primeiras décadas do século XIX. Nesse período surgiram alguns dos principais conflitos ainda hoje em curso entre diferentes países e territórios da região.
Nova China
A China ou República Popular da China é um país localizado na Ásia Oriental e é considerada uma das civilizações mais antigas do mundo. O país possui uma das maiores economias do planeta e é também a terceira maior nação em extensão territorial. Atualmente, a China é um dos países mais industrializados do mundo, exercendo forte influência na economia mundial.
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Dados gerais sobre a China:
Nome oficial: República Popular da China
Tipo de governo: República Comunista
Capital: Pequim (Beijing)
Língua oficial: Mandarim
Presidente: Xi Jinping
Localização: Ásia
Área: 9.596.961 km2
População: 1.419.257.177 habitantes
Densidade demográfica: 146,29 hab/km2
Produto Interno Bruto (PIB): US$ 12,24 trilhões
Moeda: Renminbi
Capital da China: Pequim
A capital da China é Pequim, que, na pronúncia chinesa, é Beijing. Localizada ao norte do país, trata-se de uma das metrópoles mais populosas do mundo, com um pouco mais de 21 milhões de habitantes. A cidade divide-se em quatorze distritos e dois condados rurais. A cidade sediou os Jogos Olímpicos e Paralímpicos em 2008.
Governo
A China é uma república comunista que visa a desenvolver os princípios de uma sociedade socialista. Contudo, são observadas no país práticas econômicas de cunho liberal – por muitos, consideradas capitalistas. O Partido Comunista, criado em 1921, está à frente do governo chinês desde 1949. O governo baseia-se na atuação de um único partido, não permitindo a existência de outros.
No passado, a China possuía um sistema político baseado em dinastias (famílias reais que se sucedem no poder). O país foi governado ao longo de 268 anos pela dinastia Qing, sendo essa a última dinastia imperial chinesa. Com a queda dos Qing, fundou-se no país a República da China, em 1911.
No ano de 1949, Mao Tsé-Tung (revolucionário chinês que foi líder da Revolução Chinesa), por meio do Partido Comunista, estabeleceu no país a República Popular da China ao fim da Guerra Civil Chinesa. Mao Tsé-Tung governou o país até o ano de seu falecimento, em 1976. Desde 2013, a China é governada por Xi Jinping.
Saiba também: Países da Ásia: quais são, lista com as capitais, mapas
A China possui a segunda maior economia do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, e tem alcançado cada vez mais altos índices de desenvolvimento, mantendo relações comerciais com diversos países, em várias regiões. O país participa da Organização Mundial do Comércio desde 2001 e é, atualmente, um dos melhores países para investidores estrangeiros.
O Produto Interno Bruto (PIB) do país ultrapassa US$ 12 trilhões, e a renda per capita chega a 5.185 dólares, configurando, então, a nação em maior expansão econômica. O país também se encontra no topo do ranking de líderes mundiais em nível tecnológico, investindo muito em pesquisa e desenvolvimento. De acordo com dados do Observatório de Complexidade Econômica, a China exportou, no ano de 2017, aproximadamente US$ 2,41 trilhões e importou, no mesmo ano, cerca de US$ 1,4 trilhões, gerando uma balança comercial positiva.
Os principais produtos de exportação e os principais destinos de exportação são:
Bens exportados |
Equipamentos de transmissão |
Unidades de disco digital |
Peças de máquinas de escritório |
Circuitos integrados |
Telefones |
Destinos |
Estados Unidos |
Japão |
Alemanha |
Coreia do Sul |
Os principais produtos importados e as principais origens são:
Bens importados |
Circuitos integrados |
Crude petroleum |
Minérios de ferro |
Carros |
Ouro |
Origens |
Coreia do Sul |
Japão |
Estados Unidos |
Leia também: Diferença entre exportação e importação
População
A população chinesa integra uma das civilizações mais antigas do mundo. O povo chinês formou-se nas proximidades do Rio Amarelo, influenciado por diversos outros povos. A civilização chinesa divide-se em grupos étnicos, sendo o maior deles a etnia han. Essa nação conta também com uma parcela de estrangeiros vindos, especialmente, da Coreia do Sul, Estados Unidos e do Japão.
A China é hoje a nação mais populosa do mundo, com cerca de 1.419.257.177 habitantes, o que equivale a um quinto da população mundial. Esse grande contingente populacional, além de provocar alguns problemas, como o agravamento da escassez dos recursos naturais e alguns problemas urbanos, despertou no governo a necessidade de se criar políticas públicas para conter o crescimento da população.
Para isso, o governo chinês implementou a “política do filho único”, que consiste em uma determinação para que cada casal tenha apenas um filho, de modo que a geração de um segundo filho pode acarretar severas punições por parte do Estado, como o pagamento de multa. Isso foi feito a fim de reduzir a taxa de natalidade no país. Essa política que visa ao planejamento familiar tem sido muito contestada pela população.
Aspectos naturais
A China faz fronteira com diversos países, como Coreia do Norte, Rússia, Paquistão, Índia, Butão e outros mais. Ao todo, são 14 nações fronteiriças. O país, apesar de atualmente sofrer com uma enorme degradação ambiental, é considerado um país megadiverso, devido à grande biodiversidade na fauna e na flora.
O governo chinês busca alternativas que substituam o atual modelo de desenvolvimento a fim de contribuir para a sustentabilidade no país. Um exemplo disso é o forte investimento em energias renováveis. Boa parte da energia produzida no país é proveniente de fontes renováveis de energia.
→ Fauna
Os principais representantes da fauna chinesa são os cavalos, camelos, gato-leopardo, macacos, veados, ursos, lobos e o famoso panda-gigante. O urso panda é, sem dúvidas, um dos maiores representantes da China, sendo visto pelos chineses como símbolo da paz, da boa sorte e de uma vida positiva.
Esse mamífero encontra-se principalmente na região centro-sul da China e em áreas montanhosas mais isoladas que apresentam florestas temperadas. A espécie encontrava-se ameaçada de extinção. Mediante os esforços de ambientalistas chineses, o urso panda saiu da lista de ameaça. Houve investimentos em habitat, por meio da criação de novas reservas, e reprodução em cativeiro utilizando métodos de inseminação artificial.
→ Clima
O clima na China é bastante diverso e varia segundo a localização geográfica. São encontradas zonas equatoriais, tropicais, temperadas e subtropicais. Os índices pluviométricos também variam segundo a região.
→ Relevo
O relevo do território chinês é diversificado. No oeste do país há a presença da Cordilheira do Himalaia. A noroeste destaca-se os planaltos como o do Tibete. A norte encontram-se as planícies desérticas. No sul do país, região mais populosa, encontram-se as planícies com maior fertilidade devido a presença de rios, como o Rio Amarelo.
→ Vegetação
A China encontra-se numa região temperada. A vegetação predominante no país é a floresta temperada, hoje bastante devastada devido às ações humanas como a expansão agrícola.
Bandeira da China
A bandeira da China representa, por meio da cor vermelha, a Revolução de 1949, quando foi estabelecida no país a República Popular da China. As estrelas também possuem significado. A maior representa o Partido Comunista da China, e as menores representam o povo chinês.
Curiosidades
Na China, encontra-se a maior construção do mundo, a Grande Muralha da China, que possui mais de 21 mil quilômetros de extensão. Sua construção ocorreu entre 220 a.C. e 206 a.C.
A culinária chinesa apresenta ingredientes peculiares, visto que não fazem parte da alimentação da maioria dos ocidentais, como barbatana de tubarão e carne de cachorro.
O uso de redes sociais é restrito no país, assim como a liberdade de imprensa.
Fim da URSS e declínio do Socialismo
A União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) entrou em colapso nos anos finais da década de 1980. Essa derrocada do Império Soviético está relacionada com o desgaste do modelo comunista de governo, implantado na Rússia em 1917 e difundido para outros países do Leste Europeu nas décadas seguintes, sobretudo durante o período do totalitarismo stalinista. O governo centralizador e coercitivo da URSS, a partir da década de 1970, foi se tornando incompatível com a realidade da globalização e da modernização tecnológica apresentada pelos países onde predominava a cultura política democrática e a economia de livre mercado.
Na virada da década de 1970 para a 1980, a URSS via-se na contingência de cortar gastos com guerras e com o fomento de outros países em que o modelo comunista instalara-se, como Cuba. A guerra travada no Afeganistão, país profundamente influenciado pela estrutura de poder comunista soviético na década de 1970, expôs a URSS a uma grande debilidade militar. Forças de resistência islâmica contra a “sovietização” afegã foram armadas e treinadas pelos EUA, mas também passaram a receber auxílio militar da China (que havia rompido com a URSS anos antes), o que conduziu o exército soviético a sucessivas derrotas.
Foi nessa ambiência que houve uma nova eleição no Partido Comunista Soviético, em 1985, na qual foi eleito como novo líder Mikhail Gorbachev. Gorbachev ficou encarregado de promover reformas profundas na estrutura do Estado soviético, de modo a garantir a subsistência do regime. Entretanto, tais reformas, que receberam o nome de Perestroika (reconstrução), cujo modo de procedência seria a Glasnost (isto é, a transparência), acabaram por dar abertura para a implosão do regime comunista. Como diz o historiador Silvio Pons, em seu livro A Revolução Global – história do comunismo internacional (1917-1991):
“As reformas de Gorbachev fragilizaram tal papel [de garantir a legitimidade do comunismo internacional], sem construir alternativa crível e sustentável. Seu relançamento universalista desvelou a perda de significado do comunismo como sujeito no mundo moderno. O declínio do comunismo internacional patenteado nos anos 1960 revelava-se, assim, a premissa e o anúncio da crise profunda, destinada a acumular problemas de todo tipo. Era fundamentalmente uma crise de legitimação dos estados, do movimento e da cultura política comunista.” [1]
Gorbachev executou ações como a diminuição do auxílio a outros países comunistas (Cuba foi um dos mais afetados) e a retirada das tropas soviéticas da zona de combate no Afeganistão (abrindo mão, assim, da hegemonia sobre aquela região). Além disso, Gorbachev também tomou a iniciativa de firmar acordos com os Estados Unidos para a destruição em conjunto de certo número de ogivas nucleares, pondo fim a uma das principais características da Guerra Fria, a “corrida armamentista”.
Houve ainda um fatídico episódio ocorrido em 26 de abril de 1986: o acidente com o reator atômico da usina nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, que rendeu ao governo de Gorbachev transtornos incalculáveis, além de revelar ao mundo a obsolescência tecnológica soviética. As dificuldades em conter o vazamento nuclear deixaram o continente europeu alarmado, o que gerou a necessidade de ajuda externa, do Ocidente, para resolver o problema.
É importante ressaltar também que, ao mesmo tempo em que fazia tais reformas e enfrentava tais problemas, Gorbachev era pressionado por dois setores das esferas de poder da URSS: o setor da “linha-dura”, comandado por Valentin Pavlov, e o setor considerado liberalizante e progressista, comandado por Boris Yeltsin. Pavlov exigia de Gorbachev uma postura geopolítica mais dura e a manutenção do poder centralizado em torno dos burocratas do partido comunista soviético. Por outro lado, Yeltsin defendia a abertura da URSS para a influência das democracias ocidentais e para a economia de mercado.
Em meio a todo esse clima de pressão, houve a primeira eleição para deputados não comunistas no Congresso Soviético. As medidas adotadas por Gorbachev levaram aqueles menos abertos para as transformações, representados por Pavlov, a uma tentativa de golpe contra Gorbachev em 18 de agosto de 1991. Gorbachev foi preso, o que gerou uma revolta popular e um movimento de resistência liderado por Boris Yeltsin. Os golpistas tiveram de ceder à pressão, libertando Gorbachev, que voltou ao poder, mas renunciou ao cargo de secretário-geral do partido, mas permaneceu ainda ocupando a função de presidente da União Soviética. Em decorrência do golpe, muitos dos países ligados à URSS começaram a declarar a sua independência, o que provocou uma rápida desintegração do Império Soviético.
Em 25 de dezembro de 1991, Gorbachev finalmente renunciou também ao cargo de presidente, reconhecendo, assim, o fracasso de suas reformas e o colapso da União Soviética. A partir de então, foi formada, entre ex-integrantes das repúblicas soviéticas, a Comunidade dos Estados Independentes (CEI), que implantou o modelo de representação política de acordo com a sua realidade.
Multipolaridade e Nova Ordem Mundial
Uma ordem mundial diz respeito às configurações gerais das hierarquias de poder existentes entre os países do mundo. Dessa forma, as ordens mundiais modificam-se a cada oscilação em seu contexto histórico. Portanto, ao falar de uma nova ordem mundial, estamos nos referindo ao atual contexto das relações políticas e econômicas internacionais de poder.
Durante a Guerra Fria, existiam duas nações principais que dominavam e polarizavam as relações de poder no globo: Estados Unidos e União Soviética. Essa ordem mundial era notadamente marcada pelas corridas armamentista e espacial e pelas disputas geopolíticas no que se refere ao grau de influência de cada uma no plano internacional. Este era o mundo bipolar.
A partir do final da década de 1980 e início dos anos 1990, mais especificamente após a queda do Muro de Berlim e do esfacelamento da União Soviética, o mundo passou a conhecer apenas uma grande potência econômica e, principalmente, militar: os EUA. Analistas e cientistas políticos passaram a nomear a então ordem mundial vigente como unipolar.
Entretanto, tal nomeação não era consenso. Alguns analistas enxergavam que tal soberania pudesse não ser tão notável assim, até porque a ordem mundial deixava de ser medida pelo poderio bélico e espacial de uma nação e passava a ser medida pelo poderio político e econômico.
Nesse contexto, nos últimos anos, o mundo assistiu às sucessivas crescentes econômicas da União Europeia e do Japão, apesar das crises que estas frentes de poder sofreram no final dos anos 2000. De outro lado, também vêm sendo notáveis os índices de crescimento econômico que colocaram a China como a segunda maior nação do mundo em tamanho do PIB (Produto Interno Bruto). Por esse motivo, muitos cientistas políticos passaram a denominar a Nova Ordem Mundial como mundo multipolar.
Mas é preciso lembrar que não há no mundo nenhuma nação que possua o poderio bélico e nuclear dos EUA. Esse país possui bombas e ogivas nucleares que, juntas, seriam capazes de destruir todo o planeta várias vezes. A Rússia, grande herdeira do império soviético, mesmo possuindo tecnologia nuclear e um elevado número de armamentos, vem perdendo espaço no campo bélico em virtude da falta de investimentos na manutenção de seu arsenal, em razão das dificuldades econômicas enfrentadas pelo país após a Guerra Fria.
A Divisão do Mundo entre Norte e Sul
Durante a ordem geopolítica bipolar, o mundo era rotineiramente dividido entre leste e oeste. O Oeste era a representação do Capitalismo liderado pelos EUA, enquanto o Leste demarcava o mundo Socialista representado pela URSS. Essa divisão não era necessariamente fiel aos critérios cartográficos, pois no Oeste havia nações socialistas (a exemplo de Cuba) e no leste havia nações capitalistas.
Contudo, esse modelo ruiu. Atualmente, o mundo é dividido entre Norte e Sul, de modo que no Norte encontram-se as nações desenvolvidas e, ao sul, encontram-se as nações subdesenvolvidas ou emergentes. Tal divisão também segue os ditames da Nova Ordem Mundial, em considerar preferencialmente os critérios econômicos em detrimento do poderio bélico.
Em vermelho, os países do sul subdesenvolvido e, em azul, os países do norte desenvolvido
Observa-se que também nessa nova divisão do mundo não há uma total fidelidade aos critérios cartográficos, uma vez que alguns poucos países localizados ao sul pertencem ao “Norte” (como a Austrália) e alguns países do norte pertencem ao “Sul” (como a China).
Iluminismo
Fonte:https://www.politize.com.br/iluminismo/#:~:text=O%20Iluminismo%20se%20iniciou%20como,em%20detrimento%20do%20pensamento%20religioso.
O que foi o Iluminismo?
O Iluminismo se iniciou como um movimento cultural europeu do século XVII e XVIII que buscava gerar mudanças políticas, econômicas e sociais na sociedade da época. Para isso, os iluministas acreditavam na disseminação do conhecimento, como forma de enaltecer a razão em detrimento do pensamento religioso. Vale ressaltar que os iluministas não eram ateus, porém, eles acreditavam que o homem chegaria a Deus por meio da razão.
Grandes pensadores, de diversas áreas, fizeram parte dessa corrente com o intuito de acelerar o progresso da humanidade. O precursor do iluminismo René Descartes (1596 – 1650), considerado o pai do racionalismo, dissertou em sua obra “Discurso do Método”, que para se compreender o mundo, deve-se questionar tudo. Essa nova forma pensar se opunha ao raciocínio da época, já que naquele período histórico, os governos autoritários e a igreja católica não permitiam questionamentos.
O pensamento iluminista foi importante para o desenvolvimento da ciência e do humanismo – que pregava a centralidade e racionalidade humana. Várias obras foram desenvolvidas nesse período, e uma em especial sintetizava a ideia de disseminação do conhecimento pregada pelos iluministas: a Enciclopédia.
A Enciclopédia, editada por Denis Diderot (1713 – 1784), continha milhares de artigos e ilustrações de diversos cientistas, filósofos e pesquisadores de campos de conhecimentos distintos. Essa obra teve 35 volumes e foi muito importante na exposição dos conhecimentos humanos em um formato ordenado e metódico, com o intuito de apresentar uma alternativa aos ensinamentos impostos pela religião.
Os iluministas também questionavam os poderes absolutistas dos governos, pregando assim maiores liberdades individuais e políticas. Na economia, não foi diferente, nesse período, as ideias desenvolvidas por Adam Smith (1723 – 1790) foram aceitas como uma forma de substituir o modelo mercantilista, pois os iluministas tinham uma crença em que esse novo meio econômico seria ideal para um maior progresso, liberdade e justiça social.
Por fim, esse movimento também merece ser lembrado pelas consideráveis conquistas nos âmbitos sociais e nas liberdades individuais, pois a sua crença buscava uma maior igualdade entre as pessoas, pondo um fim nas sociedades estamentais – estrutura social em que não era permitido ascensão social e cada grupo tinha a sua função para a sociedade pré-determinada. Além disso, os ideais iluministas acabaram guiando diversas nações para o fim de governos absolutistas e para a busca da independência dos países que ainda estavam sob controle de uma nação estrangeira.
Qual o contexto do surgimento desse movimento?
Naquele período, a Igreja Católica era detentora do conhecimento e a sua forma de pensar era soberana. Não havia linhas de pensamento alternativas, pois o clero fazia questão de impor as suas doutrinas religiosas para todos os cidadãos.
O domínio dos católicos na sociedade europeia foi herdado da Idade Média, período no qual a doutrina posta era teocêntrica. Entretanto, desde Galileu Galilei (1564 – 1642), considerado o “pai da ciência moderna”, que descobriu que a Terra não era o centro do universo, o conhecimento eclesiástico começou a perder o seu domínio.
Nesse contexto, em que o pensamento científico vinha ganhando forma e seguidores após Galileu, o Iluminismo incorporou a ciência como um forte alicerce para os que defendiam uma maior racionalidade no desenvolvimento intelectual.
Ainda sobre religião, na época, não existia liberdade religiosa, assim os cidadãos eram induzidos a crer na religião única do Estado em que viviam. As outras formas de expressão de fé eram taxadas como “erradas”, por não seguirem os preceitos estabelecidos pela religião oficial. É, a partir desse cenário, contrariados pela restrição da liberdade religiosa, que os iluministas defenderam a livre escolha de crença pelos indivíduos, podendo até escolher não tê-la.
Na política, o Absolutismo, que garantia poderes ilimitados aos seus governantes, foi um dos grandes alvos do movimento iluminista. Assim como o controle religioso, essa forma de governo também foi herdada da Idade Média, ela consistia em nobres governando e vivendo as custas da população, com a benção dos religiosos.
O povo acabava se subjugando a esse formato de governo, seja pelo medo ou pela crença religiosa, e ainda ficavam como responsável por pagar impostos e trabalhar para que os nobres e o clero aproveitassem os seus diversos privilégios.
Os debates sobre essa forma de se governar foram se acentuando com o avanço do movimento Iluminista. Inclusive, foi um dos mais renomados intelectuais iluministas, Montesquieu (1689 – 1755), que através do seu livro “Espírito das Leis”, trouxe uma nova forma de pensar o governo. O autor sugeriu a tripartição do poder em legislativo, judiciário, e executivo, como forma de evitar abusos por parte das autoridades.
Na questão econômica, o modelo mercantilista trazia duas questões determinantes para o contexto daquele momento histórico:
1) O modelo econômico acabou enriquecendo a burguesia – formada por profissionais liberais e comerciantes -, que com o passar dos anos começaram a questionar a estrutura da sociedade da época;
2) O mercantilismo era um modelo econômico em que o Estado intervia demais, limitando assim a liberdade dos agentes econômicos em uma sociedade.
Além disso, nesse período surgia um novo economista, Adam Smith, pregando um modelo econômico mais livre e com uma capacidade de geração de riqueza muito maior do que era usado até então, o capitalismo.
E com base nesse contexto econômico apresentado, o movimento iluminista se caracterizou por ser contrário ao mercantilismo, pregando assim um sistema mais livre, racional e justo, na qual existia a possibilidade de ascensão social por parte dos cidadãos.
Por fim, vale lembrar que o conceito de propriedade privada não estava muito bem estabelecido na Idade Média e foi um ponto importante nos debates iluministas. Entretanto, não havia consenso entre os próprios intelectuais do movimento, pois John Locke (1632 – 1704) enfatizava o direito natural do homem a propriedade, ao passo que Rousseau (1712 – 1778) ia na direção oposta, na qual apontava a propriedade privada como a razão dos males da humanidade.
Quais as suas principais ideias?
Podemos sintetizar as principais ideias iluministas da seguinte forma:
- Valorização do pensamento racional. Os Iluministas consideravam a razão e a possibilidade de se questionar e investigar como o melhor instrumento para se alcançar qualquer tipo de conhecimento;
- Defendiam os direitos dos indivíduos por acreditarem que todos deveriam ter seus direitos naturais, como à vida e liberdade, protegidos;
- Eram críticos aos regimes absolutistas e autoritários, que até então dominavam o cenário europeu. Por isso defendiam uma maior divisão do poder do Estado;
- Defendiam a liberdade política, econômica e religiosa de todos perante a lei;
- Criticavam o conhecimento sob controle da Igreja Católica, embora não fossem contra a crença em Deus;
- Defendiam um novo sistema econômico, em troca do criticado mercantilismo;
- Eram contra todos os privilégios da nobreza e do clero.
Quais movimentos foram influenciados por ele?
Os ideais iluministas foram pontos centrais na Revolução Francesa, de 1789. Os conceitos de igualdade, liberdade e fraternidade, desenvolvidos pelos iluministas, foram aplicados durante o processo revolucionário francês.
A França vivia sob o Antigo Regime, em que o governo era absolutista e o conhecimento era pautado pelo clero. Não havia liberdade política, econômica e social. Os burgueses, formados por profissionais liberais, em sua maioria, pagavam altos impostos para sustentar as classes dominantes e não viam nenhuma possibilidade de mobilidade social, além disso havia também uma população que sofria pela crise fiscal que assolava o país.
A burguesia conseguiu a adesão das camadas mais populares, especialmente a dos camponeses, na revolta contra esse regime obsoleto. Esse momento histórico foi marcante para a sociedade francesa, assim como para todo o mundo, pois ali se via uma grande nação rompendo com uma estrutura social e com o pensamento oriundo da Idade Média.
Em 1776, a Revolução Americana, que culminou na independência dos Estados Unidos, também foi inspirada nos ideais iluministas. Os americanos que viviam sob forte controle britânico começaram a questionar os impostos e a presença militar em seu território.
Impulsionados pelos ideais de liberdade dos iluministas, os nativos resolveram expulsar os ingleses após consecutivos problemas originados pelas leis fiscais criadas para beneficiar os colonizadores. Após a vitória na guerra pela independência, os Estados Unidos instituíram uma república presidencialista, o federalismo e as liberdades individuais.
Na primeira eleição, George Washington (1732 – 1799) venceu a votação e se tornou o primeiro líder americano eleito democraticamente.
No Brasil, diversos movimentos basearam-se nos ideais iluministas, como foi o caso da Inconfidência Mineira. Os mineiros não queriam mais ficar sob a tutela dos portugueses, pois assim como ocorreu nos Estados Unidos, eles estavam cansados da política fiscal dos colonizadores.
Para resolver esse problema, os inconfidentes tinham por objetivo o rompimento com Portugal. Com o rompimento, eles buscavam fazer a proclamação de sua república, em que deveriam ocorrer eleições, aos moldes de como foi feito pelos americanos. Além disso, os mineiros também buscavam maiores liberdades individuais e um maior investimentos em suas indústrias e universidades.
Um fato interessante, e que mostra o reflexo francês na mentalidade mineira, está na bandeira que os inconfidentes queriam para o seu novo país. A bandeira proposta por eles continha a frase latina Libertas quae sera tamen (Liberdade ainda que tardia), na qual, posteriormente, acabou sendo inserida com um desenho e lema semelhantes para a criação da bandeira do Estado de Minas Gerais.
Qual o seu legado para os dias de hoje?
Atualmente, ainda vivemos sob influência do Iluminismo em temas como a limitação do poder do estado sobre o indivíduo, os ideais e lutas pelos direitos individuais, tal como a vida, a liberdade, a dignidade e outros. Para mais, o pensamento iluminista é vivido no campo econômico, visto que os mesmos defendiam a ideia de uma economia de livre mercado e liberal.
O Iluminismo também influenciou o direito. A exemplo das obras de John Locke e Montesquieu, que trataram bastante sobre os direitos naturais e divisão de poderes, pode ser citado como influência direta a tripartição dos poderes entre Executivo, Legislativo e Judiciário. Além disso, tal influência pode ser percebida na mudança das regras do jogo que propiciaram que as sociedades vivessem em sistemas mais democráticos e republicanos.
Por fim, como sintetizou Immanuel Kant, o Iluminismo proporcionou as ferramentas para com que o homem saísse da “menoridade”, para assim explorar as possibilidades de progresso através de sua própria razão, sem se deixar enganar pelas crenças, tradições e opiniões alheias, e foi o que ocorreu. Hoje, podemos ver o resultado disso em avanços na ciência, que trouxe progresso em todas as áreas de conhecimento.